Santos

Tombamento do Clube Atlético Santista deve ser negado nesta quinta-feira

Condepasa deverá ceder à pressão da especulação imobiliária apoiada por alguns vereadores santistas

Carlos Ratton

Publicado em 16/03/2022 às 07:30

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O pedido de tombamento do Atlético Santista ocorreu em 10 de outubro de 2011 e o processo iniciado em 10 de maio de 2012 / Divulgação/Mais Santos

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A informação é extraoficial, mas o Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos (Condepasa) deverá ceder à pressão da especulação imobiliária apoiada por alguns vereadores santistas e negar, amanhã, o tombamento do Clube Atlético Santista, na Encruzilhada, em Santos.

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A situação é bastante sensível e a última audiência pública sobre o possível tombamento, ocorrida no auditório Vereadora Zeny da Sá Goulart, da Câmara de Santos foi bastante conturbada por conta do arregimento de grupos de pessoas para pressionar pelo arquivamento do processo de tombamento.

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À frente dos trabalhos na ocasião estavam os vereadores Francisco Nogueira (PT), que faz parte da Comissão de Desenvolvimento Urbano e Habitação Social, Benedito Furtado (PSB) e Carlos Teixeira Filho, o Cacá (PSDB). Chico foi o único que se mostrou favorável ao tombamento.

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PROCESSO

O pedido de tombamento ocorreu em 10 de outubro de 2011 e o processo foi iniciado em 10 de maio de 2012, sendo que somente agora, 10 anos depois, será resolvido.

Envolve a área das piscinas e o prédio do ginásio e foi solicitado pelas arquitetas Karoline Valverde Araújo e Jaqueline Fernandes Alves; o arquiteto Gino Caldatto Barbosa e mais 20 pessoas voltadas à área.

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O clube centenário vem há anos sofrendo dificuldades em voltar à funcionar. Em julho de 2020, informações davam conta que o clube poderia retomar as atividades.

Também especulou-se de uma nova sede e que o terreno estaria sendo leiloado para sanar as dívidas da agremiação esportiva, que, à época, chegariam a R$ 6 milhões, conforme divulgado pela Imprensa.

ANOS 70

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O clube, que já foi considerado uma dos mais frequentados entre as décadas de 70 e 80, em pleno glamour das discotecas, atualmente abriga cerca de 130 associados.

Suas dependências estão seriamente prejudicadas, com muitas telhas quebradas, lixo espalhado, cadeiras empilhadas, mato alto e também a ausência dos tradicionais campos de futebol 'society'.

Os arquitetos justificaram o tombamento com a história do clube, além de inúmeros recortes de jornais e histórico no Município, incluindo de seus dirigentes.

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