Santos

Síndicos se reúnem hoje em busca de apoio político para realinhar edifícios de Santos

Prefeitura contabiliza 319 edifícios tortos na cidade e o custo com a estabilização de cada um seria de aproximadamente US$ 1 milhão

Nilson Regalado

Publicado em 06/08/2024 às 08:00

Atualizado em 26/09/2024 às 20:28

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Representantes dos edifícios se reúnem a partir das 16 horas de hoje, no Gonzaga, em busca de soluções para reaprumar seus imóveis / Nair Bueno / Diário do Litoral

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A Diretoria de Comunicação (Dicom) da Prefeitura informou que o prefeito Rogério Santos (Republicanos) não participará da reunião com síndicos dos 319 prédios inclinados existentes na Cidade. Segundo a Dicom, o prefeito “não recebeu informação sobre a reunião citada”, embora o assunto tenha sido matéria de capa do Diário do Litoral no último domingo e esteja disponível no site do jornal desde a manhã do último sábado. Representantes desses edifícios se reúnem a partir das 16 horas de hoje, no Gonzaga, em busca de soluções para reaprumar seus imóveis. O objetivo é angariar apoio político, seja da Prefeitura ou dos deputados federais da região, na busca por uma linha de crédito a juros subsidiados junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

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A ideia dos síndicos é contar com o capital político de Rogério Santos ou de Rosana Valle (PL), Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), Alberto Mourão (MDB) e Delegado da Cunha (PP) na busca por uma interlocução com o BNDES, banco de crédito vinculado ao Governo Federal.

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“Estamos reunindo alguns síndicos para ver se a gente consegue que a Prefeitura faça a intermediação junto ao Governo Federal”, confirmou a Eliana de Mello, síndica de um condomínio no Gonzaga, e uma das organizadoras do encontro.

“Penso que a Prefeitura tem de nos ajudar porque eles cobram da gente laudos estruturais frequentes e caríssimos”, completou a síndica de um outro condomínio que preferiu não se identificar. Ela afirma ter gasto R$ 150 mil só com o laudo mais recente.

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MONITORAMENTO.

A Dicom afirmou ontem que “não há na cidade nenhum prédio torto em situação de embargo e muito menos na cota máxima permitida”. O órgão de atendimento à Imprensa esclareceu também que “a Prefeitura analisa e monitora os edifícios com declividade, em especial os 65 mais acentuados” e que “os edifícios em desaprumo estão situados entre o canal 2 e o canal 6, nos bairros do Gonzaga, Boqueirão, Embaré e Aparecida”.

O levantamento inicial foi efetuado pela Prefeitura entre os anos de 2012 e 2013. A partir de então, as medições de desaprumo e análises de segurança estrutural passaram a ser de responsabilidade dos condomínios a partir do advento da Lei 441/01 (Lei de Autovistoria).

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“Informamos que as condições atuais dessas edificações não indicam comprometimento das seguranças estruturais e das suas estabilidades. Conforme programado em 2014, novas avaliações de segurança estrutural estão sendo cobradas destes condomínios este ano”, completou a Dicom.

O responsável técnico pelos laudos dos edifícios, seja ele engenheiro ou arquiteto legalmente habilitado (cadastrado na Prefeitura), é quem verifica a necessidade de reparos ou manutenção preventiva do prédio. A partir desse documento, a Prefeitura, por meio da Secretaria de Obras e Edificações intima os condôminos para execução das obras ou serviços indicados.

“A periodicidade da apresentação dos laudos de autovistoria dos imóveis plurihabitacionais de Santos segue o que determina a Lei 441/2001, dependendo da idade da edificação e de sua altura”, concluiu a Dicom.

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