Santos

Sindest denuncia sucateamento de postos do Samu em Santos

Na Rua Barão de Paranapiacaba, na Encruzilhada, há constantes infiltrações de água, arriscando a vida de profissionais

Carlos Ratton

Publicado em 09/10/2021 às 07:00

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A fiação segue improvisada perto da cama em que descansam os profissionais do Samu de Santos / Divulgação

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A Direção do Sindicato dos Servidores Estatutários Municipais de Santos (Sindest) está acusando a Secretaria de Saúde de Santos de permitir o sucateamento das instalações e equipamentos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). E, consequentemente, a qualidade do atendimento prestado à população em função do desgaste dos profissionais que trabalham no serviço.

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Conforme a entidade sindical, subsolo da sede central, na Rua Barão de Paranapiacaba, 241, no bairro Encruzilhada, sofre constantes infiltrações de água e coloca em risco os profissionais de saúde que não poderiam estar vivendo em ambiente insalubre.

Nos fundos desse pavimento, onde funciona uma cozinha improvisada, há uma 'gambiarra' (ligação elétrica improvisada e perigosa) com tomada para o pessoal simplesmente acender a luz, com risco de tomar choque elétrico.

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"O local é totalmente insalubre", diz o diretor do Sindest Carlos Alberto Reis Nobre, o 'Carlinhos'. Ali ficam os profissionais lotados na sede e também os do posto desativado no Pronto-Socorro Central.

O Sindest já fez diversas denúncias contra a deterioração dos serviços públicos de saúde. Carlinhos e o diretor Roberto Damásio Barbosa 'Betinho' estiveram no prédio na última quarta-feira (6), onde constataram várias irregularidades. Os dois afirmam que o mesmo acontece em outros postos.

Os diretores citam a base José Rebouças, no bairro Ponta da Praia, onde as acomodações dos profissionais de saúde ficam embaixo da arquibancada do ginásio do centro esportivo e recreativo.

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Nesse local, segundo eles, houve recentemente uma infestação de ratos, combatidos de maneira tosca, com ratoeiras e vassouradas. Mesmo assim, os roedores volta e meia aparecem por lá, causando situações constrangedoras e perigosas.

Outro ponto da ronda dos sindicalistas foi a ilha de conveniência localizada na esquina das avenidas Vicente de Carvalho (praia) e Conselheiro Nébias, onde as goteiras inviabilizam os serviços.

"Quando chove, o pessoal tem que ir para a sede da Barão de Paranapiacaba, naquele subsolo infernal que passa a comportar assim três equipes", reclama Betinho.

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Nos próximos dias, eles visitarão o Samu do bairro Jardim Piratininga, na entrada da cidade, e o da Zona Noroeste. "Provavelmente, encontraremos cobras", ironiza Carlinhos.

Após as visitas desta semana, o sindicalista oficiou ao chefe do departamento de atenção pré-hospitalar e hospitalar (Daphos), Devanir Paz, cobrando esclarecimentos e providências.

O presidente do Sindest, Fábio Pimentel, diz que o Samu "está na mão das traças. Pior, dos ratos. Querem sucateá-lo para terceirizá-lo, como fazem com tudo na cidade".

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PREFEITURA.

A Secretaria de Saúde esclarece que o edifício onde fica a base sede do Samu (Rua Barão de Paranapiacaba) possui uma cozinha no pavimento térreo, que pode ser usada por todos os colaboradores, não havendo necessidade de uso de outro local.

No mesmo pavimento, também há espaço para alojamento, repouso e convívio, que pode ser utilizado pelos profissionais da base sede e também os da antiga base Central, que foi recentemente desativada pois o espaço foi requisitado pela Santa Casa de Santos, proprietária do local.

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Sobre as infiltrações, diz que está em andamento um projeto para a reforma do térreo e do subsolo do prédio (andares superiores já passam por intervenção).

Para a base da Ilha Criativa já foi solicitada reforma do telhado, que será custeada por meio de emenda parlamentar. A licitação para a escolha da empresa está em andamento.

Com relação à base do Complexo Esportivo Rebouças, garante que o local é adequado para a atividade à qual é destinado. A aparição de ratos foi uma ocorrência pontual, que atingiu de forma geral o complexo esportivo, e já
solucionada.

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