Foto do arquivo de Cândido Gonzalez, de janeiro de 1966 / Reprodução
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Quem passou pela Avenida Nossa Senhora de Fátima na manhã desta terça-feira (4) conviveu com mais um alagamento e provavelmente ficou preso no trânsito. A situação, como se sabe, não está nem perto de ser novidade. Na verdade, o 'caos' na região data desde a criação da via, em 1996. Imagens daquela época mostram o local alagado. Ou seja, há 57 anos moradores e quem precisava passar por ali já enfrentavam problemas.
Para chegarmos na Avenida Nossa Senhora de Fátima, precisamos antes falar sobre os trilhos do bonde, que passaram a circular na região no início do século XX, e representaram a primeira ligação moderna entre as cidades de Santos e São Vicente, pelo que viria a ser a futura Zona Noroeste. Os veículos seguiam os caminhos também trilhados então pelos bois que iam para o Matadouro de Santos.
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Antes da via como conhecemos hoje, havia ali somente os trilhos, lama, muito mato e poucas casas, na ainda estreita avenida.
Já no ano de 1966, os poucos carros que passavam por ali tinham de enfrentar os atoleiros, especialmente em dias de chuva, como mostra a foto tirada nas proximidades da Caneleira (vista à direita, junto ao Morro da Caneleira).
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Posteriormente, começaram as obras para urbanização da avenida. Foram construídos então os meios-fios, foi iniciada drenagem e pavimentação, e também começou ali o alargamento da via, que já virava a principal da Zona Noroeste.
Mesmo com as obras em andamento, por muitos anos (até hoje, na verdade), os motoristas que passavam pela avenida e os moradores das imediações também tiveram de conviver com os constantes alagamentos. Ou seja, pouco mudou.
Nas imediações da avenida, os bairros da região só teriam o primeiro grande plano de obras de drenagem e pavimentação executado cerca de uma década depois, quando foi implantado o Plano de Obras da Zona Noroeste 1974/1978.
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