Primeira fase do Parque Valongo deve ser concluída em julho de 2024 / Nair Bueno/ DL
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A cidade de Santos vive um "boom" de obras em diversas áreas, em uma lista que inclui a construção de novas áreas de lazer, melhorias no transporte público e ações de infraestrutura.
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Boa parte das atenções se volta à criação do Parque Valongo, obra que começou em setembro.
O terreno, ocupado por antigos armazéns portuários, será transformado num amplo espaço de convivência, lazer, cultura e esporte no coração do centro histórico da cidade. Ele ficará próximo de outras atrações, como o Museu Pelé e o Museu do Café.
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Haverá, ainda, uma roda gigante e atracadouros para pequenas embarcações, que permitirá uma inédita interligação dos passeios de escuna da praia até a região central.
O investimento é de R$ 43 milhões provenientes de um termo de cooperação assinado por empresas usuárias do Porto de Santos. A entrega dessa primeira fase está prevista para julho de 2024.
Na orla santista, a fase é de final das obras do chamado Novo Quebra-Mar no parque do Emissário Submarino, no bairro José Menino.
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Iniciado em julho de 2020, o complexo foi paralisado dois dias depois por pendências judiciais e só retomado em 2022 após liberação pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
As etapas avançaram. Primeiro, com pista para ciclistas e skatistas amadores, espaço pet e novo jardim.
Depois, pista de patinação, quadra de basquete, novo mirante e restauro de escultura de aço da artista plástica Tomie Ohtake, um marco do local desde 2008. Também já há escola de surfe e playground temático com referências santistas, entre outros equipamentos.
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A novidade é o Skatepark, que são duas pistas em 2.400 metros quadrados para a prática em alta performance das modalidades street e park. Ele deverá ser inaugurado em dezembro, junto com a maior parte do novo Quebra-Mar.
O local tem custo total de R$ 22 milhões, segundo R$ 15 milhões do governo estadual, R$ 4 milhões das prefeitura e R$ 3 milhões da União.
O cenário urbano de Santos também vem sendo alterado pela implantação, na região central, de uma segunda linha do VLT (Veículo Leve Sobre Trilhos) com investimento estadual de R$ 236,5 milhões.
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Segundo a estatal EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), que executa o trabalho, 44% das obras estão concluídas.
A capacidade será para transportar 35 mil passageiros por dia ao longo de 12 estações. O novo trajeto, de 8 km, amplia o percurso de 11 km já em operação há sete anos.
O objetivo é melhorar a mobilidade urbana entre os bairros e o centro, e a integração com a vizinha São Vicente. A entrega está prevista para junho do ano que vem.
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"Essas obras em andamento trazem benefícios para quem mora aqui e, ao melhorar a cidade, reforçam nossos atrativos turísticos", diz o diretor-presidente da Associação dos Profissionais de Turismo da Baixada Santista, Eduardo Silveira.
As obras, porém, também geram queixas. Os motivos mais comuns são interdições de vias e intervenções no solo. "No início, há dois anos, foi pior. Ninguém conseguia entrar nos estabelecimentos", relata a comerciante Rafaela de Jesus Santos.
Ela, que é dona de uma loja de materiais elétricos e de construção na rua Campos Mello, no centro, chegou a pensar em fechar as portas. "Resistimos. Com o avanço das obras acho que o pior já passou".
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O presidente da Associação Comercial de Santos, Mauro Sammarco, conta que a entidade "acompanha de perto o progresso dos projetos de revitalização, como o Parque Valongo, e o VLT".
"Vemos essas iniciativas como impulsionadoras significativas do crescimento econômico e da melhoria urbana. Não apenas aprimoram a infraestrutura da cidade, mas também contribuem para atrair negócios e turistas, fomentando a criação de empregos e o desenvolvimento".
O arquiteto e urbanista Frederico da Costa Marins pontua que, apesar de eventuais erros e transtornos, as obras fazem sentido porque "Santos virou a 'bola da vez'".
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"Nunca tinha presenciado uma sinergia dessas, com tanta coisa ao mesmo tempo, entre poderes públicos e iniciativa privada", disse.
Para o prefeito Rogério Santos (PSDB), as diferentes iniciativas de obras acabam se completando. No caso do VLT, diz, ele ajuda a revitalizar o centro histórico que, desde a década de 1950, tem perfil mais comercial. "A melhoria do transporte incentiva a habitação por lá. Por isso mesmo é que também temos projetos de restauro de prédios antigos nessa região para fins de moradia."
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