SUPER EL NIÑO

Santos registra só metade do volume de chuvas e nove graus acima da média

Até aqui, verão 2024 é o mais quente dos últimos cinco anos. Expectativa é de retorno aos padrões no final do mês

Nilson Regalado

Publicado em 17/01/2024 às 12:46

Atualizado em 18/01/2024 às 08:49

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Diante das condições atuais, a recomendação é aumentar a hidratação, especialmente de crianças, idosos e animais de estimação / Nair Bueno/DL

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Por enquanto, este é o verão mais quente e seco dos últimos cinco anos em Santos. Dezembro registrou apenas 54% do volume de chuvas observado na Cidade ao longo da história. E 18 dos 31 dias foram com temperaturas acima da média. E janeiro continua quente e seco! Até esta quarta-feira, as duas estações meteorológicas mantidas pela Defesa Civil de Santos marcaram nove dias com calor acima da média. O pico foi de 39,7 graus Celsius na última terça-feira. Nesta quarta-feira, a máxima foi de 38,8 às 11h40. 

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Normalmente, nesta época do ano, Santos costuma registrar ‘confortáveis’ 30,2 graus, em média. E as chuvas também estão escassas neste início de 2024. Enquanto o padrão é de 331 milímetros ao longo do mês, até aqui foram apenas 135 milímetros. Ou seja, passados 17 dias, janeiro registrou só 40,8% do volume esperado para o mês.

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“Antes de dezembro, até havia chovido bem. Outubro registrou volume semelhante ao de fevereiro, o que não é normal, choveu quase todo dia. Mas, desde então, a chuva está escassa”, revela o meteorologista Franco Cassol, que há quatro anos monitora o clima para a Defesa Civil de Santos.

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O El Niño não tem um padrão muito estabelecido para São Paulo durante o verão. E esse comportamento difere da Região Sul, onde as chuvas aumentam muito durante os anos em que o fenômeno climático atua. No Norte, as condições também são mais claras, com redução no volume de precipitações.

Diante da maior umidade no Sul, Cassol esperava mais chuva no verão santista. Mas, o meteorologista ainda acredita na reversão do quadro: “A tendência é que para o final do mês e em fevereiro aconteçam chuvas mais intensas e mais frequentes”.

AQUECIMENTO DESIGUAL.

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E a Zona Noroeste tem sofrido mais que a orla com os picos deste verão. Com uma estação meteorológica localizada na Ponta da Praia e outra no Jardim São Manoel, a Defesa Civil tem monitorado as condições climáticas em tempo real.

“Na praia ainda tem uma brisa, mas temos observado uma ilha de calor no São Manoel”, salienta Cassol. 
Diante das condições atuais, a recomendação é aumentar a hidratação, especialmente de crianças, idosos e animais de estimação.

O El Niño deve permanecer ativo pelo menos até o final do primeiro trimestre. A atual edição do fenômeno começou em julho do ano passado. Esse evento climático altera o regime de chuvas, as temperaturas e a pressão em todo o Planeta e é causado pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico, na altura da linha do Equador.

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Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), desde julho, a temperatura média do Pacífico vem aumentando de forma gradativa. Em novembro, subiu para 1,9°C acima da média histórica. E isso fez os especialistas mudarem o El Niño atual da categoria ‘moderada’ para ‘forte’. Em dezembro, a temperatura chegou a 2°C acima da média nas águas superficiais do maior oceano da Terra.
 

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