Fique atento às dicas para evitar a proliferação do mosquito / Imagem/ Prefeitura de Santos
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A taxa de incidência de zika no no litoral sul do Estado de São Paulo, ou seja a quantidade de pessoas com a doença a cada 100 mil habitantes, é uma das mais altas do País (1.060,28). A doença é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, assim como a dengue e a chikungunya. Santos confirmou o maior número de casos de zika na região, em 2021: foram mais de 7,5 mil. O município também foi o recordista de registros de dengue: mais de 4,5 mil de dengue, no mesmo período.
Guarujá, São Vicente e Praia Grande também enfrentam situação de alta incidência das duas doenças. Cubatão é o que tem maior incidência de dengue na região, acima de 2 mil. A referência para que o Ministério da Saúde considere uma região como crítica para a transmissão de dengue é um incidência de 500. Apenas Bertioga não enfrenta problema com a zika, mas a situação também é crítica em relação à dengue.
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“A circulação do vírus entre as regiões é rápida e não respeita limites geográficos, alerta o coordenador-geral de Arboviroses do Ministério da Saúde, Cássio Peterka. O mosquito pica alguém contaminado e rapidamente espalha os vírus entre as pessoas que estão próximas.
A paulista Tereza Cristina de Souza (60) acredita que se contaminou três vezes por dengue e uma por zika porque os moradores próximos seguem sem cuidados com a limpeza do ambiente. “Depois que adoeci pela primeira vez, recebi a visita de agentes ambientais que me orientaram sobre locais que eu nem imaginava que poderiam ser criadouros”, diz. Entre esses locais, estavam o compartimento atrás da geladeira e um cano que servia como suporte para o Varal.
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Situação do País
O Brasil registrou queda 42,6% no número de casos prováveis de dengue entre 2020 e 2021. No ano passado, foram notificadas 543.647 infecções, contra 947.192 em 2020. Os dados são da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
Entre os casos de zika, houve uma pequena redução de 15%, passando de 7.235 notificações em 2020 para 6.143 em 2021. Já a chikungunya registrou aumento de 32,66% dos casos, com 72.584 em 2020 e 96.288 no ano passado.
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O sanitarista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Brasília, Claudio Maierovitch, destaca que 2020 foi um ano de muitos casos e, por isso, não se deve relaxar com a queda de contágios em 2021. “Mesmo não tendo havido aumento de um ano para o outro, essa não é boa comparação, uma vez que o ano anterior foi de números altos”, alerta.
Cuidados necessários
Devido às altas temperaturas e às chuvas abundantes, o verão é o período do ano em que os ovos eclodem e acarretam o aumento de infecção por dengue, chikungunya e zika. Por isso, fique atento às dicas para evitar a proliferação do mosquito:
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Para o combate é necessário unir esforços com a sociedade para eliminar a possibilidade de locais que possam acumular água. Os ovos da fêmea do Aedes aegypti podem ficar incubados durante um ano e eclodir em apenas cinco dias quando entram em contato com a água. "É preciso manter os cuidados durante todo o ano por 365 dias”, reforça o coordenador-geral de Vigilância de Arboviroses do Ministério da Saúde, Cássio Peterka.
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