Santos
O secretário municipal de Finanças, Adriano Leocádio, explica que a atualização é uma imposição legal e a Administração não pode estabelecer índice inferior
A Prefeitura fará a atualização monetária dos tributos municipais, como IPTU, ISS-Fixo e preços públicos para 2023 / Paolo Perillo/Arquivo DL
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Cumprindo o Código Tributário Municipal e seguindo o cálculo da inflação oficial apurada pelo Governo Federal, no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de agosto 2021 a julho de 2022, a Prefeitura de Santos fará a atualização monetária dos tributos municipais, como Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Imposto Sobre Serviços (ISS-Fixo) e preços públicos para 2023, em 10,07%.
O secretário municipal de Finanças, Adriano Leocádio, explica que a atualização é uma imposição legal e a Administração não pode estabelecer índice inferior. Caso não fosse feito o reajuste com base na inflação, o administrador estaria abrindo mão de receita sem autorização da lei, o que geraria um processo de improbidade administrativa.
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“Todas as despesas da Prefeitura já estão indicadas no orçamento do ano que vem, incluindo compra de itens como medicamentos, materiais escolares, entre outros, reajuste do funcionalismo e de contratos de serviços. Esse reajuste permite ao Município continuar oferecendo serviço público de qualidade, sem necessidade de cortes ou risco de desabastecimentos”, complementa o secretário.
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MENOR QUE A INFLAÇÃO
Empregando os mesmos critérios legais, com cálculo de agosto de 2020 a julho de 2021, a Prefeitura instituiu atualização de 2,31% na definição dos tributos. Já em 2022, o reajuste foi de 8,99%. Somados os dois períodos anteriores, as correções de tributos foram menores que o IPCA anual (janeiro a dezembro) desses exercícios.
Nesse contexto, a inflação acumulada no biênio 20/21 foi de 14,58%, ao passo que o reajuste dos tributos foi de 11,30%, propiciando uma economia de 3,28% para o contribuinte santista nesses dois anos, tudo conforme a mesma legislação vigente.
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A Sefin aponta também para tendência de aceleração da inflação neste último trimestre de 2022, gerada pela guerra na Ucrânia e a crise energética na Europa, além da elevação da taxa básica de juros nos Estados Unidos, que poderá fazer o valor do dólar subir no Brasil. Portanto, confirmando-se a expectativa da inflação deste ano, o acumulado em trinta e seis meses deverá ser de 21,58%, mantendo a soma do reajuste dos tributos municipais, que será de 21,37%, menor do que a inflação total do período.
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