Santos inicia restauro do Pantheon dos Andradas para o Bicentenário da Independência

Praça Barão do Rio Branco, 16. Este é o endereço de um dos 'templos' da Independência do Brasil, o Pantheon dos Andradas, espaço no Centro Histórico de Santos, que começou a ser restaurado para as comemorações do Bicentenário da Independência.

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O monumento em homenagem a José Bonifácio de Andrada e Silva, o Patriarca da Independência, e seus irmãos, quando concluído o restauro, se integrará à praça, que ganhará uma estátua instagramável da figura do mais ilustre dos santistas.

O restauro conservativo do espaço faz parte de um conjunto de obras, ações e festividades marcadas para setembro, que estão sendo definidas pela Comissão do Bicentenário, designada pela Prefeitura de Santos.

Os serviços foram iniciados na semana passada e se concentram no portão e grade de ferro, nas janelas de madeira, além de intervenções no telhado e sótão. O telhado será recuperado e impermeabilizado. Sob as telhas originais, de barro, será colocada uma subcobertura com telha metálica, para proteção contra infiltrações.

"Os serviços no telhado começaram com a retirada das telhas, além de limpeza das calhas e do sótão", diz o arquiteto Roger Guerra, da Secretaria de Infraestrutura e Edificações (Siedi), pasta que fiscaliza os serviços.

Os trabalhos envolvem ainda a criação de iluminação cênica para valorizar toda a arquitetura interna e externa. Também serão corrigidos problemas decorrentes da deterioração causada pela poluição do ar e tráfego de veículos e de intervenções antigas.

O projeto de restauro conservativo foi elaborado pelo arquiteto Ney Caldatto, da Siedi, e inclui a reconstituição de partes de alto-relevo em gesso e placas de mármore, limpeza e polimento das paredes e do piso em mármore.

PARCERIA COM A INICIATIVA PRIVADA
A obra de valor estimado em R$ 1,5 milhão é custeada pela empresa Santos Brasil, que se responsabilizará também pela aquisição da escultura em bronze do Patriarca, que ficará na Praça Barão do Rio Branco.

O custeio corresponde a medidas compensatórias pelo funcionamento de um centro logístico e industrial aduaneiro (Clia) da empresa, no bairro Alemoa, na região conhecida como Marginal Sul da Anchieta.

PRAÇA
Paralelamente, está em andamento outra obra que faz parte da programação do bicentenário, a revitalização da Praça Barão do Rio Branco (https://www.santos.sp.gov.br/?q=noticia/praca-no-centro-historico-de-santos-comeca-a-ser-preparada-para-o-bicentenario-da-independencia). A intervenção visa integrar o espaço com o Pantheon dos Andradas e com a Igreja e Convento da Ordem Terceira do Carmo, promovendo a valorização do patrimônio histórico e melhorias de acessibilidade.

TEMPLO DA INDEPENDÊNCIA
Jazigo das cinzas de José Bonifácio de Andrada e Silva, o 'Patriarca da Independência', e de seus irmãos Antônio Carlos, Martim Francisco e padre Patrício Manuel, o pantheon foi inaugurado em 7 de setembro de 1923, um ano após o centenário da Independência do Brasil.

Tem arquitetura eclética, com inspiração neocolonial de caráter nacionalista, em decorrência do nacionalismo motivado pelas comemorações do centenário da Independência. Ocupa o espaço da antiga portaria do Convento do Carmo e conta com monumento projetado pelo escultor Rodolfo Bernardelli, feito na Itália.

COMISSÃO
A comissão do bicentenário em Santos é formada por representantes de diversas secretarias, Instituto Histórico e Geográfico, Ordem dos Advogados do Brasil, Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Santos, Movimento Pró-Memória José Bonifácio, universidades e a Comissão Especial dos Vereadores (CEV) do Bicentenário.