Polícia

Santos: Homem morto em pé e encostado em carro é identificado pela polícia

Segundo informações da Polícia Civil, nesta quarta-feira (12), o corpo foi identificado por meio das digitais 

DA REPORTAGEM

Publicado em 12/01/2022 às 12:20

Atualizado em 12/01/2022 às 12:57

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O laudo necroscópico, que determinada a causa da morte, deve ficar pronto em até 30 dias / Reprodução Redes Sociais

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O homem que morreu em pé, encostado em um carro estacionado em uma rua de Santos, foi identificado pela Polícia Civil. Ele era um morador em situação de rua, de 51 anos. O nome não chegou a ser divulgado. Agora, o próximo passo das autoridades é encontrar familiares dele. O corpo segue no Instituto Médico Legal (IML) de Praia Grande, e ainda não há informações sobre o que o teria vitimado.

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O caso ocorreu na Praça Iguatemi Martins, próximo à travessia de catraias entre Vicente de Carvalho e Santos.

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Nas imagens, que chegaram a viralizar nas redes sociais na última sexta-feira (7), é possível ver o homem em pé, já sem vida, encostado na lateral do carro. Moradores que passavam pelo local acionaram a Polícia Militar.

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Quando os proprietários do veículo receberam as imagens, o corpo já havia sido deitado na via pela PM e aguardava pela remoção. Eles chegaram a pensar que era algum tipo brincadeira de mau gosto.

Após ser constatado que não havia sinais de violência, o corpo foi removido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ao IML de Praia Grande. O caso foi encaminhado para o 4º DP de Santos, que registrou como morte suspeita.

Segundo informações da Polícia Civil nesta quarta-feira (12), o corpo foi identificado por meio das digitais e, pelas circunstâncias em que foi encontrado, o homem de 51 anos vivia em situação de rua. A equipe de investigação segue em busca da família da vítima, para comunicar o ocorrido.

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O laudo necroscópico, que determina a causa da morte, deve ficar pronto em até 30 dias.

Espasmos 

De acordo com o médico legista e atual presidente da Associação de Médicos Legistas de São Paulo, João Roberto Oba, que analisou as imagens, uma das hipóteses é de que o homem pode ter tido espasmos pouco antes de morrer, causando rigidez precoce e permitindo que o corpo dele permanecesse naquela posição.

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Ele explicou que esse acontecimento é chamado de 'espasmos fora do período de contratura normal', o que ocasiona o endurecimento precoce do corpo. Isso pode provocar o que aconteceu, a pessoa fica apoiada depois de morrer, e vai acontecendo a rigidez com mais rapidez.

Ele afirma ainda que, para levantar hipóteses, é preciso primeiro descartar a possibilidade de simulação, como por exemplo, se ele já estivesse morto em outro lugar e foi levado àquela posição e local.

Levando em consideração que a morte do homem ocorreu do jeito que o corpo foi encontrado pelas autoridades, em pé e apoiado no carro, o médico legista explica que uma das hipóteses é que pode ter sido apenas um caso de rigidez cadavérica, ou seja, endurecimento dos músculos.

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Ele comenta que esse fenômeno começa a partir de 40 minutos do óbito, e pode durar cerca de oito a 12 horas. A rigidez começa da cabeça para os pés, em um processo craniocaudal, e com 12 horas, o cadáver já esta completamente rígido.

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