No mesmo perÃodo do ano passado, Santos ocupava o quinto lugar do ranking / Nair Bueno/DL
Continua depois da publicidade
A cidade de Santos registrou 414 furtos e roubos de motocicletas no primeiro semestre de 2024. Em todo o Estado de São Paulo, foram 18.988 ocorrências. Os dados são do Boletim Tracker/FECAP, realizado pelo Centro de Estudos em Economia do Crime da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP).
A cidade aparece em oitavo lugar entre os municípios com mais ocorrências. No mesmo período do ano passado, Santos ocupava o quinto lugar do ranking. Apesar de ainda estar entre os top 10 este ano, o município teve uma redução de 15,7% nos roubos e furtos de motocicletas.
Continua depois da publicidade
São Paulo, município mais populoso do Brasil, lidera a lista de cidades com mais ocorrências no estado. Com densidade populacional elevada e maior número de veículos em circulação, foram registradas 7.743 ocorrências ao todo, o que representa cerca de 63% do total dos roubos e furtos listados nas dez cidades.
Depois da capital paulista, as cidades de Campinas, Osasco e Guarulhos - com 647, 608 e 586 ocorrências, respectivamente - mostram números significativos de ocorrências, que refletem sua extensão urbana e o volume de veículos. Cidades como São Bernardo do Campo, Sorocaba, Santo André, Santos, Carapicuíba e Diadema completam o Top 10, com números menores em comparação com São Paulo, mas ainda consideráveis, destacando a presença de atividades criminais relacionadas a veículos em importantes centros urbanos.
Continua depois da publicidade
Segundo o professor da FECAP e coordenador do estudo, Erivaldo Vieira, há uma clara correlação entre o tamanho da população e o número de ocorrências. "Cidades maiores oferecem mais oportunidades tanto para a ocorrência de crimes quanto para o mercado subsequente de veículos e peças roubadas", explica o docente.
Os modelos da Honda, especialmente a série CG 160 (FAN, TITAN e START), dominam a lista dos mais visados. Modelos como a Yamaha FZ25 FAZER e XTZ250 LANDER também figuram entre os mais afetados, indicando uma tendência de vulnerabilidade que acompanha sua popularidade e presença no mercado.
Isso reflete não apenas a popularidade desses modelos, mas também o tamanho de suas frotas no estado de São Paulo. Uma maior frota circulante tende a aumentar a probabilidade de furtos e roubos desses veículos, uma vez que são mais acessíveis e numerosos.
Continua depois da publicidade
Na avaliação de Vieira, muitas das motocicletas roubadas acabam sendo desmontadas para a venda de peças no mercado paralelo. A alta demanda por peças de reposição, especialmente para modelos com grandes frotas, estimula esse tipo de crime. "Em grandes cidades onde o trânsito é intenso, as motos se consolidaram como meio ágil de transporte.
Isso impacta diretamente no aumento da demanda por motocicletas e peças de manutenção que, infelizmente, muitas vezes são supridas pelo mercado paralelo", completa Vieira.