No total, serão 400 unidades habitacionais e investimento de R$ 72 milhões / ISABELA CARRARI/PMS
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O presidente da Companhia de Habitação da Baixada Santista (Cohab Santista), Rogério Conde, confirmou na última terça-feira, com exclusividade ao Diário do Litoral, que Santos iniciará a construção de dois conjuntos habitacionais ainda este ano. No total, serão 400 unidades habitacionais, com investimento total de aproximadamente R$ 72 milhões.
Os conjuntos serão erguidos em parceria com o Governo Federal, através do Programa Minha Casa, Minha Vida. Os novos conjuntos serão erguidos na área identificada como Ouro Preto, no bairro do Estuário, e na área conhecida como Tripa, que vai da Rua da Constituição até a Rua Braz Cubas, na Vila Mathias. A medida deve beneficiar famílias cadastradas na Cohab Santista e no Conselho Municipal de Habitação.
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"Nossos esforços são no sentido de iniciar as obras o quanto antes. De preferência ainda esse ano", resumiu o presidente da Cohab Santista, por telefone, direto de Brasília, onde negociava os últimos detalhes para construção dos dois empreendimentos. O investimento é fruto de parceria entre o Município e o Ministério das Cidades, através do Minha Casa, Minha Vida.
"As documentações dos projetos foram entregues e estão em fase de análise pela Caixa Econômica Federal e pelo Ministério das Cidades. A documentação foi elaborada pela construtora selecionada pela Cohab através de processo de seleção público", completa Conde.
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No Estuário, o novo conjunto habitacional com 200 unidades será erguido no terreno localizado na Rua Visconde Ouro Preto, 118, próximo à Unidade de Pronto Atendimento da Zona Leste. O investimento aproximado será de R$ 36 milhões.
Já na Vila Mathias, o empreendimento será na área da União II (Tripa), com entradas pela Rua da Constituição, 504, e pela Rua Braz Cubas, 411. Também serão erguidas 200 unidades, com um investimento aproximado de R$ 36 milhões. Esse terreno pertenceu à antiga Companhia Docas de Santos, serviu a uma concessionária de veículos e, atualmente, abriga um depósito da Prefeitura.
Apesar do avanço que representará a construção de 400 novas moradias, Santos acumula um déficit habitacional de aproximadamente 30 mil unidades. Esse cálculo é do presidente da Frente por Moradia Popular da Baixada Santista, filiada ao Centro de Movimentos Populares, Luiz Pereira, mais conhecido como Lula.
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"Se somarmos, o déficit total de habitações populares na Baixada Santista é de 150 mil unidades. Só a Capital tem um déficit habitacional maior que o nosso", explica Lula, que também preside o Movimento Pró-Moradia do Orquidário.
Só no Conselho Municipal de Habitação há 65 movimentos populares de luta por moradia. E cada movimento tem, em média, 160 membros aguardando por uma unidade habitacional. E esses movimentos pediam a construção dos dois novos conjuntos há pelo menos 11 anos.
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