O trabalho começou pelo canal 3, que juntamente com os canais 2 e 4, são os mais sensíveis à poluição / Divulgação/ Prefeitura de Santos
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Em busca de identificar fontes poluidoras dos canais de Santos e, consequentemente, melhorar a qualidade da água dos canais e a balneabilidade das praias, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam), em parceria com a Sabesp, iniciou, nesta segunda-feira (10), o Programa Detecta, que fará um pente-fino na rede de drenagem.
Sendo a segunda cidade com maior cobertura de saneamento básico do País, de acordo com o Instituto Trata Brasil, com índices de eficiência próximos de 100%, Santos busca excelência no setor e melhorar as condições de balneabilidade do Município.
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Para alcançar esse objetivo, o Programa Detecta foi iniciado com a análise da água dos canais. O trabalho começou pelo canal 3, que juntamente com os canais 2 e 4, são os mais sensíveis à poluição. O trabalho passará por todos os canais.
Uma vez identificada a presença de coliformes, acontece a aplicação de corante para localizar a origem e a notificação do morador.
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Por fim, a última ação é a injeção de fumaça na rede de drenagem, com objetivo de encontrar anomalias como rachaduras ou obstruções.
IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA
O secretário Marcos Libório conta que a Semam já observava, há alguns anos, a necessidade de uma análise mais aprofundada para identificação das fontes poluidoras nos canais. “O sistema de esgoto não pode se juntar ao sistema de drenagem da água da chuva. Os canais foram criados para suprir a necessidade de drenagem na Cidade, eles concentram a água da chuva para manter a Cidade seca”.
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Libório acrescenta que algumas fontes, intencionalmente ou não, acabam gerando uma contaminação por esgoto nos canais. “Com o Detecta vamos verificar e identificar todas essas fontes de poluição. O esgoto não pode chegar ao canal, precisa ser tratado na estação de tratamento da Sabesp. Essa identificação é fundamental para a melhora da qualidade ambiental das águas”.
A bióloga Débora Mandaji, responsável pelo Detecta, explica que serão apresentados relatórios mensais, mas se trata de um trabalho contínuo até a eliminação total da poluição dos canais. “Faremos uma coleta contínua para poder fazer uma curva de contaminação. Depois começaremos um pente-fino, que serão as vistorias nos imóveis a fim de verificar as instalações que eventualmente necessitem de reparos, para regularizar os problemas encontrados”.
A gestão de fumaça funciona como o teste final após a descoberta de fontes de poluição. Ela é inserida na instalação de esgoto para identificar onde ele está sendo despejado. “A água que sai do banheiro, da pia, caixa de gordura, nada disso pode chegar aos canais. Eles foram desenvolvidos única e exclusivamente para o escoamento das águas da chuva. Os outros resíduos devem ser encaminhados para o tratamento adequado”, explica Débora.
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