Santos

Samu de Santos recebe cerca de 1,5 mil trotes por mês. Fakes podem custar vidas

Das 10 mil chamadas recebidas na unidade de Santos por mês, entre 15% e 18% são trotes

Da Reportagem

Publicado em 29/01/2024 às 19:49

Atualizado em 29/01/2024 às 22:03

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Ao ligar para o 192, o munícipe é atendido por um técnico auxiliar de regulação médica que faz perguntas básicas, como o nome, endereço, telefone para contato e qual a ocorrência / Divulgação/PMS

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O trote é uma 'brincadeira' sem graça e que pode prejudicar a vida de quem precisa de atendimento de urgência, principalmente quando essas falsas ligações são feitas para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de Santos (Samu).

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Das 10 mil chamadas recebidas na unidade de Santos por mês, entre 15% e 18% são trotes, ou cerca de 1,5 mil contatos desnecessários, vindo não somente de crianças, mas de adolescentes e adultos que conseguem enganar a triagem do 192.

"Quando enviamos uma ambulância para um local onde não existe uma ocorrência, prejudicamos quem precisa de do atendimento rápido. O trote pode custar uma vida", explica o coordenador do Samu de Santos, Marcelo Ismail.

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Ao ligar para o 192, o munícipe é atendido por um técnico auxiliar de regulação médica que faz perguntas básicas, como o nome, endereço, telefone para contato e qual a ocorrência. Após este atendimento inicial, a ligação é transferida para um médico regulador, que fará perguntas mais específicas sobre a situação do paciente para se certificar de que não se trata de um trote e definir a classificação de urgência. São cinco códigos: vermelho, em que a ambulância chega em até 15 minutos; laranja, em até 30 minutos; amarelo, até 60 minutos; Verde (120 minutos) e azul (acima de quatro horas).

Com a classificação de urgência definida, a ocorrência é transferida para o rádio operador que encaminha as ambulâncias. "Quando um trote passa por todo esse processo, toda a equipe perde tempo que poderia ser utilizado para ajudar mais pessoas".

Entre as orientações básicas para a população está a lista de ocorrências indicativas de necessidade de se acionar ou não o Samu. Confira:

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CHAMAR O SAMU
Ocorrência de problema cardiorrespiratório
Intoxicação exógena e envenenamento (contato com produtos químicos)
Queimaduras graves
Ocorrência de maus-tratos
Trabalhos de parto com risco de morte da mãe ou feto
Tentativa de suicídio
Crises hipertensivas e dores no peito de aparecimento súbito
Quando houver acidentes e traumas com vítimas
Afogamento
Choque elétrico
Acidentes com produtos perigosos
Suspeita de infarto ou AVC (alteração súbita na fala, perda de força em um lado do corpo)
Agressão por arma
Soterramento e desabamento
Crises convulsivas
Transferência inter-hospitalar de doentes graves
Outras situações consideradas de urgência ou emergência, com risco de morte, sequela ou sofrimento intenso

NÃO CHAMAR
Febre prolongada
Dores crônicas
Transporte de óbito
Dor de dente
Transferência sem regulação médica prévia
Trocas de sonda
Corte com pouco sangramento
Entorses
Cólicas renais
Outras situações nas quais não se caracterize urgência ou emergência médica

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