Santos
A proposta inicial do programa era envolver a juventude na criação de projetos de impacto local, ligando as bandeiras dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU
Em cerimônia na Associação Comercial de Santos (ACS), os envolvidos foram diplomados como multiplicadores da Ação Climática, Cultura Oceânica e da Agenda 2030 / Divulgação/PMS
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Na última sexta-feira (21), os Jovens Embaixadores e Jovens Repórteres do Clima encerraram o Encontro das Cidades ODS, com a apresentação dos projetos desenvolvidos ao longo de mais de dois meses de curso. Em cerimônia na Associação Comercial de Santos (ACS), os envolvidos foram diplomados como multiplicadores da Ação Climática, Cultura Oceânica e da Agenda 2030, e se tornaram mentores para a segunda edição do programa.
A proposta inicial do programa, realizado pelo Movimento ODS Santos 2030, era envolver a juventude na criação de projetos de impacto local, conectando as bandeiras dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Ao todo, sete grupos foram formados, totalizando 22 Jovens Embaixadores do Clima e nove Jovens Repórteres do Clima certificados. “O programa surgiu da angústia em meio à onda de calor do ano passado”, revelou Ergon Cugler, membro do Conselho Consultivo Jovem da Unesco Iesalc e um dos idealizadores do programa. “Hoje saímos com essa turma capacitada e comprometida com a sustentabilidade”, celebrou o pesquisador.
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Morador do Marapé e formado em Comércio Exterior, Jhonatan Almeida, de 23 anos, foi o único Jovem Embaixador do seu grupo, composto por outros cinco Jovens Repórteres: Marcela Perdigão (21), Henrique Godinho (22), Vitória Conceição (23), Yuri Gomes (23) e Laura Morais (26). Ele buscou entender como a comunidade se uniu para se adaptar às mudanças socioambientais durante a produção do documentário ‘Tapume: A força da comunidade nas Palafitas de Santos’.
“Mesmo que eu não seja um repórter, a missão de embaixador é ser um multiplicador, conseguir chegar às pessoas. Nós do grupo nunca tínhamos ido a uma palafita, nosso embasamento era por notícias, e agora conseguimos ouvir e dar voz a essas pessoas nesta produção audiovisual. Ver a realidade é muito importante”, ressaltou.
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Outro projeto é o ‘Agrobox’, desenvolvido por um trio de Jovens Embaixadores, que incentiva uma abordagem que privilegia alimentos frescos, naturais e nutritivos, em vez de produtos embalados e ultraprocessados em Unidades Municipais de Ensino (UMEs).
O plano piloto foi implementado no Colégio Santista, no bairro Vila Nova, com o plantio de uma pequena horta. O intuito é incentivar o engajamento pedagógico no cumprimento da Agenda 2030, com aulas e oficinas, promover o sentimento identitário social dos alunos e fornecer alimentos para uma espécie de cesta básica com alimentos naturais, chamada Agrobox.
A estudante de Ciência e Tecnologia do Mar, Marcelly Kawakami, de 21 anos, revelou que a ideia surgiu em uma capacitação que abordou a insegurança alimentar e a importância da alimentação saudável.
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“Pensamos em uma maneira de oferecer alimentação saudável para pessoas que, às vezes, não têm condições de se alimentar bem. No início, a caixa teria produção de agricultores locais, mas o projeto foi maturando até chegar à horta estudantil”, disse a Jovem Embaixadora, enfatizando a transversalidade do projeto entre os ODS 2 – Fome Zero e Agricultura Sustentável, 3 – Saúde e Bem-Estar e 4 – Educação de Qualidade, entre outros.
A diretora do UME Colégio Santista, Liliane Claro de Rezende, prestigiou a apresentação do grupo, que além de Marcelly, conta com Daniel Gatti e Rafael Diniz, ambos de 24 anos. A responsável pela UME analisou que a proposta encaixou perfeitamente com a identidade da escola de período integral. “O projeto já é uma realidade e vem para somar. Precisamos apenas de apoiadores para conseguir os insumos. Estamos dentro de uma região de alta vulnerabilidade social e precisamos unir esforços para melhorar a questão da fome”, concluiu.
Missão 2030: Desafios dos ODS - Jogos de tabuleiro, um físico e um virtual, focados nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Os games são ferramentas educativas que buscam tornar o aprendizado sobre os ODS mais acessível e envolvente para os estudantes. Participantes: Caio Cesar de Paula, Cendy Domingues, Gregory Valentim, Laura Cecatto e Luiz Guilherme de Lima.
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Ilhas de Calor em Santos - O projeto tem como finalidade estabelecer um cronograma de arborização em Santos, utilizando rotatórias para realizar o plantio e enfrentar o desafio da ilha de calor no Município com a adição de árvores. De acordo com o grupo, a iniciativa promoverá um ambiente mais saudável, assegurando o desenvolvimento urbano sustentável, integrando o progresso econômico com a preservação ambiental e aprimorando a qualidade de vida na Cidade. Participantes: Aline Destro, Bruno Perri e Natállia Guerra.
Cartilha de Letramento Climático – Material interdisciplinar que servirá como ferramenta para apoiar e nortear os educadores das diferentes disciplinas de Ciências Humanas do Ensino Fundamental I e II. Ela conta com planos de aula sobre como abordar as mudanças climáticas dentro das disciplinas de História, Arte, Educação Física e Língua Portuguesa. Participantes: Emily Furtado, Gabriel Carvalho e Vinicius Chalega.
Guardiões da Sustentabilidade – O programa pretende capacitar alunos para liderar uma adequada gestão dos resíduos escolares, usando residuários, promovendo consciência ambiental por meio da prática. Para isso, ao longo do ano letivo, uma equipe ficará responsável por guiar os alunos, assegurando o progresso apropriado da separação e da destinação, além de estimular práticas de reúso e redução dos desperdícios nas instalações escolares. Participantes: Diego Ribeiro, Gabriela Carubbi, Mario Sergio Salles, Matheus Café, Murilo Coelho e Raphael Marques.
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Comunidade + Porto - A proposta do trabalho consiste em um projeto social voltado ao fortalecimento da relação entre o Porto de Santos e a comunidade, bem como à diminuição dos impactos ambientais possivelmente causados pela atividade portuária, que contribui para o aumento da crise climática. Para isso, seria realizado um hackathon de 7 dias, composto por rápidas capacitações, desenvolvimento de projetos e premiação, onde os participantes serão os próprios membros da comunidade, tornando-se protagonistas na construção de soluções para os desafios ambientais cotidianos. Participantes: Karolina Guedes, Miriã Amâncio, Salwa El Malt, Vitória Malafati e Yasmin Moura.
O Movimento ODS Santos 2030 é fruto de uma parceria entre a Prefeitura de Santos e a Associação Comercial de Santos. Já as iniciativas ‘Jovens Embaixadores do Clima’ e ‘Jovens Repórteres do Clima’ são uma realização do Departamento de Políticas Públicas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (Depods/OTC), Coordenadoria de Políticas para Infância e Juventude (Cojuv/Semulher), Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semam) e Conselho Municipal da Juventude de Santos (CMJ).
Também são parceiros no projeto a Associação Comercial de Santos Jovem, Centro de Integração Empresa Escola (CIEE), clubes de Rotaract de Santos, Santos Porto e Santos Gonzaga, Fundação Parque Tecnológico de Santos (FPTS), Inove - Diálogo Jovem, Instituto Devir Educom, Politize!/Mapa Educação/Instituto Oiti, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Unesco Youth Advisory Board, Unimar Agenciamentos Marítimos Ltda. e Universidade Aberta do Meio Ambiente e da Cultura de Paz (Umapaz).
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O Encontro das Cidades ODS é uma realização do Movimento ODS Santos 2030 em parceria com a Prefeitura de Santos, DP World, EcoPorto, Transbrasa, Terminal Exportador do Guarujá, Terminal de Exportação de Açúcar do Guarujá, Terminal Exportador de Santos, Hidrovias do Brasil, Sebrae, Fundação Parque Tecnológico (FPTS), Senac Santos, EcoFábrica ZNO, MS Content, RR Agro e RR Cargo, Unimar Agenciamentos Marítimos, Rotary Club Santos Aparecida, Ibis Santos Valongo, Associação Comercial de Santos (ACS), Cultivo Tech, Gran Bazar Encontro de Empreendedores, Nunes Projetos Incentivados e Santos Press.
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