Em alguns casos são oferecidos medicamentos, conforme observação e prescrição médica / Raimundo Rosa/PMS
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Na manhã desta sexta-feira (14), o grupo de atenção intensiva ao tabagista da Policlínica Embaré, em Santos, realizou seu último encontro. Após três meses de ensinamentos e rodas de conversa com os oito participantes do programa, três conseguiram suspender o vício do cigarro, enquanto os outros cinco diminuíram a frequência e estão no processo.
José Aparecido, 69, aposentado, conta que está há dois meses e dois dias sem fumar e percebeu uma boa melhora na saúde e disposição para as tarefas do dia a dia. “O maior desafio é sentir vontade e se controlar, mas depois a sensação é boa porque você respira e come melhor, o convívio social aumenta. Antes se eu fumava, ficava cansado e com cheiro de cigarro. E hoje acabou tudo isso”.
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Ele ainda diz que não precisou de nenhum auxilio de medicamentos para largar o vício. Nesse tempo, perdeu alguns hábitos antes associados ao cigarro e passou a economizar dinheiro. “Nos primeiros dias é bem difícil. Mas aí você vai mentalizando ‘eu não quero’. Até hoje dá vontade, mas eu não quero mais. Na parte financeira é melhor ainda. Porque eu gastava por volta de R$ 350 por mês só de cigarro, hoje eu já economizo”.
Rogério Nepomuceno, coordenador do programa, explica que, mesmo após a conclusão dos encontros, o contato com os participantes continua. “No último encontro a gente reforça as informações que foram passadas ao longo dos três meses. Deixamos as portas abertas para que, se esse fumante tiver algum problema ou recaída, venha nos procurar. Mas o legal é que eles trocam informações entre eles e vão se apoiando nessa caminhada também”.
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Consiste em sete reuniões, em princípio semanais, nas quais são passadas informações sobre métodos que ajudam a diminuir o uso do tabaco já no início do tratamento. Em alguns casos são oferecidos medicamentos, conforme observação e prescrição médica. A atividade em grupo promove depoimentos dos participantes com o intuito de construir uma rede de apoio e o compartilhamento de experiências para estimular a descontinuidade do hábito.
Pessoas interessadas em largar o hábito de fumar devem procurar a policlínica mais próxima e deixar nome e telefone para posterior contato, independentemente de onde morem. Caso o paciente já esteja matriculado em alguma unidade de saúde, precisa levar somente um documento com foto. Caso não tenha cadastro, deve levar documento pessoal, cartão SUS e comprovante de residência. As turmas são abertas periodicamente.