Santos

Projeto que previa estacionamento 'na faixa' para vereadores é arquivado em Santos

Proposta da Mesa para que parlamentares não pagassem estacionamento regulamentado não vingou

Carlos Ratton

Publicado em 14/07/2022 às 07:00

Atualizado em 14/07/2022 às 08:36

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Mesa Diretora, presidida por Adilson Júnior, queria isentar vereadores de pagar estacionamento / Nair Bueno/DL

Rechaçada nas redes sociais e até por boa parte de vereadores e vereadoras, a intenção da Mesa Diretora da Câmara de Santos, formada pelos vereadores Adilson Júnior (Presidente); Fabrício Cardoso de Oliveira (1º vice-presidente); Lincoln Reis (2º vice-presidente); Pastor Roberto de Jesus (1º secretário) e Bruno Orlandi (2º secretário), de obter privilégio com o não pagamento de estacionamento regulamentado não vingou.

Segundo informado ontem pela Assessoria da Casa de Leis, o projeto de emenda à Lei Orgânica Municipal (PELOM) 07/2022 foi arquivado, após promover uma verdadeiro 'racha' no Castelinho, prédio do Legislativo santista.

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Audrey Kleys (PP), Sérgio Santana (PL), Benedito Furtado (PSB), Débora Camilo (PSOL), Chico Nogueira e Telma de Souza, esses dois últimos do PT, se manifestaram contrários à iniciativa da Mesa, tornada pública em 07 de junho último pelo Diário.

Chico, Telma e Furtado ainda revelam que sequer foram consultados sobre o projeto que dispunha sobre a liberação do estacionamento de veículos dos vereadores em logradouros públicos e garagens municipais. Até Lincoln Reis, que faz parte da Mesa, ficou surpreso com a proposta e disse não ter sido consultado, após a polêmica formada.

Depois que a reportagem foi publicada, a maioria dos parlamentares consultada manifestou em seus perfis nas redes sociais que soube da iniciativa pela Imprensa e não pela Mesa. O pior é que o Diário descobriu, nos bastidores, que uma certa falta de comunicação entre a Presidência e o restante dos parlamentares não é novidade.

De qualquer forma, a 'artimanha' ao justificar que a implantação de um cartão ou crachá de identificação teria eficácia apenas quando no exercício das funções parlamentares e que a liberação facilitaria o cumprimento do papel (trabalho) dos parlamentares santistas, não 'colou', como queria a Mesa.

Para os internautas que se manifestaram, enquanto milhares de santistas são obrigados a circular pelos grandes centros da Cidade em busca de uma vaga para estacionar e, quando encontrada, têm que pagar R$ 2,50 para o período de uma hora por intermédio do tíquete eletrônico, a iniciativa iria privilegiar parlamentares.

Vale lembrar que, ano passado, com a retomada das atividades comerciais, a Companhia de Engenharia de Trânsito de Santos (CET-Santos) aumentou a oferta de áreas de estacionamento rotativo na Cidade em mais 375 vagas de Zona Azul, distribuídas pelo Gonzaga, Centro e Vila Mathias, bairros com predominância de comércio.

Hoje o sistema santista dispõe de 1.749 vagas de rotativo nos mesmos bairros, além do Boqueirão e da Encruzilhada. Desde outubro de 2019, a fim de oferecer mais conforto e conveniência para os usuários, a Zona Azul funciona no modelo digital.

A ativação de tíquetes pode ser feita pelo aplicativo Zona Azul Santos, ou pontos de venda terceirizados (identificados junto às placas de regulamentação).

O tíquete eletrônico é comercializado por R$ 2,50 para o período de uma hora; R$ 3,75 para 1h30 e R$ 5,00 para 2 horas (tempo máximo de uso da vaga).

Também há a possibilidade de ativar inicialmente uma hora, acrescentando mais duas ativações de 30 minutos, até totalizar 2 horas.

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