MEIO AMBIENTE

Projeto ligado à ONU apresenta, em Santos, estudo sobre lixo no oceano

O levantamento aponta ainda que cada brasileiro pode ser responsável por poluir os mares com 16 quilos de plástico por ano

Da Reportagem

Publicado em 11/10/2022 às 17:11

Atualizado em 11/10/2022 às 17:16

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Projeto é ligado a ONU / Foto: Isabela Carrari

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Cerca de 33% de todo o plástico que entra anualmente no mercado brasileiro, quase 3,5 milhões de toneladas, pode acabar no oceano. O alerta foi dado, na manhã desta terça-feira (11), pelo Blue Keepers, projeto ligado à Plataforma de Ação pela Água e Oceano do Pacto Global da ONU Brasil. O diagnóstico nacional sobre o lançamento de lixo no mar foi apresentado na Bolsa Oficial do Café de Santos, dentro da programação 'Diálogos para a Cultura Oceânica', evento realizado pela Unesco.

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A partir de quinta-feira (13), o sumário do estudo poderá ser conferido no www.pactoglobal.org.br/pg/blue-keepers.

O levantamento aponta ainda que cada brasileiro pode ser responsável por poluir os mares com 16 quilos de plástico por ano. Segundo a pesquisa, as fontes de resíduos que chegam ao mar são diversas. A maioria se encontra em terra, chegando até o oceano por rios, entre outros caminhos.

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Coordenadora do Blue Keepers, Gabriela Otero destaca que após a elaboração do levantamento, que durou nove meses, o passo seguinte é identificar que tipo de plástico é produzido em cada região do País e mapear os caminhos que levam o produto para os mares. "A ideia é propor um debate propositivo com governos e empresas que mais impactam o meio ambiente".

Concluída a análise do lixo que tem potencial de chegar aos mares, o objetivo da Blue Keepers é criar iniciativas que possibilitem reduzir em 30% os descartes nos oceanos até 2030. O projeto busca engajar empresas, governo e sociedade no combate à poluição crônica do oceano por resíduos sólidos, especialmente plásticos.

ÍNDICES MUNICIPAIS

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A intenção do Blue Keepers é propiciar, até 2030, soluções preventivas e corretivas, através de parcerias, em 100 cidades brasileiras. "A ideia é fazer um ataque a essas torneiras abertas e levar essas informações para melhorar os índices nas cidades", explica Alexander Turra, coordenador da Cátedra Unesco para Sustentabilidade dos Oceanos.

O secretário de Meio Ambiente de Santos, Marcos Libório, destaca que um dos diferenciais do Município, em eventos como o da apresentação do relatório da Blue Keepers, é "transformar estes dados em ações efetivas na Cidade". "Santos quando inicia um trabalho e busca soluções, os resultados aparecem".

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