Pelé e Niemeyer se encontraram em 2010 para entrega do projeto / Reprodução
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No velório de Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, no último dia 2, o prefeito de Santos, Rogério Santos (PSDB), anunciou que a Cidade lançará um edital internacional com o objetivo de selecionar projetos para a criação de um monumento em homenagem ao Rei do Futebol.
No entanto, um projeto já existe desde 2010 e é assinado pelo renomado arquiteto Oscar Niemeyer, falecido em 5 de dezembro de 2012, aos 104 anos, em função de complicações de uma infecção respiratória. A informação está registrada no Instagram do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), em 29 de dezembro último.
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Segundo consta na publicação, Pelé e Niemeyer encontraram-se uma única vez na vida, na tarde do dia 4 de novembro de 2010, no escritório do arquiteto, em Copacabana, no Rio de Janeiro.
Foi um único encontro mas um momento histórico, pois marcou a entrega do projeto do arquiteto para um monumento que seria - mas não foi - construído em um espaço do Museu Pelé, no Largo Marquês de Monte Alegre, 1 - Valongo, em Santos.
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A obra seria uma esfera de sete metros de diâmetro, que funcionaria como uma espécie de memorial, e uma estrutura de 20 metros de altura, com um elemento vazado representando o famoso "soco no ar" que caracterizava as comemorações do Rei do Futebol nos gramados.
Ainda no papel, o projeto de Oscar Niemeyer acabou formalizando um único encontro de ambos, mas o jogador jamais esqueceu o arquiteto. Desde então foram diversas as postagens nas redes sociais no perfil @Pelé em homenagem a #oscarniemeyer. Em um deles, Pelé afirma que Niemeyer "é o GOAT da arquitetura", usando a abreviação de "Greatest of All Time".
NA ORLA.
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Rogério Santos quer que a homenagem ao Rei Pelé seja na orla da praia, conhecida pelo seu jardim, o maior do mundo - de acordo com o Guinness Book, o livro dos recordes. O chefe do executivo santista divulgou a informação ao lado do governador Tarcísio Freitas, durante visita ao velório do Atleta do Século, na Vila Belmiro.
O Museu Pelé foi inaugurado em 2014, durante a Copa do Mundo realizada no Brasil. Durante sua idealização, havia a possibilidade dele ser implantado na orla, mas à do Centro seria, na ocasião, uma decisão estratégica da Administração, que tinha a esperança de revitalizar a região, levando para o local um equipamento turístico atrativo.
Sua construção chegou a ser contestada por conta dos altíssimos valores envolvidos nas obras. O governo estadual de São Paulo destinou R$ 2 milhões para que o museu ficasse pronto a tempo do ano da competição mundial. Ainda assim, o custo total do espaço chegou a R$ 40 milhões.
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Agora, corre-se o risco de, se construído na orla, como se pensou anteriormente, o monumento fazer concorrência com o próprio museu que leva o nome do Atleta do Século, já que o Centro de Santos está praticamente esquecido e a orla possuir a natureza ao seu favor.
HOMENAGEM.
Rogério Santos ressaltou que será mais uma justa homenagem a Pelé, que já tem sua marca registrada em diversos pontos da Cidade, como na Vila Belmiro, no Memorial das Conquistas, no Museu Pelé, e uma estátua na Avenida Almirante Cochrane (canal 5), além da camisa 10, na Entrada de Santos.
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"Agora será um monumento no jardim da praia, que ele adorava frequentar. Vamos fazer um concurso, um chamamento internacional de arquitetos, artistas, para que desenvolvam o projeto. Será mais um símbolo do Rei na Cidade, no maior jardim de praia do mundo", destacou o prefeito.
O Hospital Albert Einstein confirmou o falecimento de Pelé no dia 29 de dezembro último, às 15h27, em decorrência da falência de múltiplos órgãos, resultado da progressão do câncer de cólon associado à sua condição clínica prévia.
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