Programa acompanha bebês prematuros até os 2 anos de idade em Santos / Divulgação/ PMS/ Raimundo Rosa
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O Dia Mundial da Prematuridade foi comemorado nesta quarta-feira (17), como forma de abordar ações referentes a nascimentos prematuros, para melhorar as condições de desenvolvimento dos recém-nascidos. O Programa de Vigilância do Desenvolvimento Infantil, iniciado em março deste ano, instalou serviços relacionados à prematuridade na rede municipal de saúde de Santos.
Dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) mostram que dos 3.332 nascidos na Cidade entre 1º de janeiro e 10 de novembro, 404 foram prematuros (12%) – antes da 40ª semana de gestação. Com 40 casos registrados, o Bom Retiro foi o bairro com maior incidência e, portanto, o escolhido para receber na policlínica os primeiros atendimentos ambulatoriais do programa, que acompanha bebês até os 2 anos de idade, a partir da alta hospitalar da maternidade, sempre com orientações aos pais sobre evoluções e estímulos necessários.
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“O intuito é não deixar ocorrer um atraso no desenvolvimento da criança, por isso acompanhamos de perto as famílias”, relata a neonatologista Maida Foppa, explicando que os responsáveis são orientados quanto à idade sazonal dos bebês (a partir do início da gestação) e o respectivo estágio de adaptação à vida fora do útero. “Se tiver uma idade sazonal para bebê de um mês, vai ter que sustentar a cabecinha dele. Então, tem que colocá-lo numa posição em que ele ganhe esse estímulo”.
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Adaptação
“Um prematuro sai para um mundo todo aberto. Estava lá dentro do útero encolhidinho e seguro. Quando sai antes da hora, lá na frente, pode ter um grande problema neuronal. Isso porque o desenvolvimento, inclusive sensorial, está em formação. Então, esse bebê deixa de aprender dentro da barriga da mãe. Nasce sem saber que está acontecendo. Às vezes, pode ficar mais choroso e se assusta mais fácil, pois está procurando a informação da parede do útero e não a encontra. O mundo é amplo e ele está acostumado com um lugar pequeno”, exemplifica a terapeuta ocupacional Marissa Romano.
Segundo ela, as crianças prematuras tendem a apresentar características como dificuldade de contato visual, resistência em sorrir, choro constante e intolerância a banho. “Nesses casos, a primeira coisa que os pais devem fazer é procurar o pediatra na policlínica e esclarecer todas as dúvidas. Em seguida, haverá encaminhamento para todos os serviços necessários”, diz, lembrando que, durante esse período, o colo da mãe é o melhor lugar possível para o bebê.
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Programa
Segundo a enfermeira Caroline Braz, o Programa de Vigilância do Desenvolvimento Infantil não atende apenas prematuros, mas em casos de enfermidades e de vulnerabilidade familiar. “Nosso objetivo é fazer um rastreamento sobre o desenvolvimento dos bebês de risco nascidos no Município. A prematuridade é um fator importante, mas há também complicações na gestação, no parto ou no puerpério, crianças que ficaram internadas e mães que tiveram diabetes ou hipertensão na infância, além dos fatores socioambientais”.
As três profissionais formam a equipe multidisciplinar do programa desenvolvido na Policlínica do Rádio Clube. Elas atuaram também na capacitação de agentes comunitários do bairro para identificação de casos de risco em visitas às casas. O serviço já foi expandido para a Policlínica do São Jorge e Caneleira, também na Zona Noroeste.
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