O mato cresce no entorno da escola e da políclínica. Até cobra os moradores já viram próximo às unidades. Iluminação também preocupa / Nair Bueno/Diário do Litoral
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O Jardim Piratininga fica em Santos e tem como via principal a Avenida Bandeirantes. Ao mesmo tempo que ela conduz moradores para o centro da Cidade, também leva para o centro de Cubatão. Às margens dela, de uma lado a linha férrea que corta uma área federal e, do outro, a Rodovia Anchieta, estadual e sob concessão da Ecovias. Essa peculiar situação geográfica, que em verdade deveria facilitar a vida dos moradores, vem se tornando um martírio em função do abandono público.
O funcionário público Diego da Silveira Reis reclama da situação do entorno da Unidade Municipal de Ensino (UME) Luiz Alca de Sant'Anna e da Policlínica Piratininga, repleto de mato e com iluminação precária: "Um descaso total. Falta manutenção periódica. As crianças e professores se depararam recentemente com uma cobra. Os postes são altos e não iluminam de forma a auxiliar a segurança pública. À noite, as pessoas não costumam passar por aqui".
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ÔNIBUS.
A Reportagem constatou falta de manutenção dos equipamentos de esporte e lazer e melhorias na passagem para a Rua Etelvina de Paula Freire. Até mudança de CEP e problemas relacionados ao transporte por aplicativo foram apontados. Além disso, a única linha de ônibus que circula pelo bairro mais atrapalha do que ajuda.
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"Antes, o 108 saía do Piratininga e seguia direto o Centro de Santos pela Avenida Bandeirantes. Agora, passa na Alemoa antes, fazendo com que os moradores percam um bom tempo dentro do veículo sem necessidade, pois existe linha própria da Alemoa (101)", afirma Fernanda Muniz Silva Florentina.
SINALIZAÇÃO.
Faltam placas indicativas dentro do bairro e na entrada alertando não ter saída para a Rodovia. Também faixa zebrada na esquina da Rua Edgard Ferraz Navarro, próximo ao estacionamento da policlínica, pois ali estacionam carros de funcionários das empresas, que impedem a passagem de uma ambulância ou outra emergência.
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"As duas entradas do bairro estão com sinalização inadequada. Os grandes caminhões sobem nas calçadas, danificam muros e vão embora. O prejuízo fica com os moradores. Nossos pedidos foram ignorados", afirma Renata Peres.
Os moradores reclamam da reurbanização prometida após as obras da Nova Entrada da Cidade, recomposição da drenagem e até dos canos de saída de água de chuva do novo viaduto (Piratininga) que prejudicam a Rua Dos Portugueses. "Quando chove muito, inunda a Rua e as águas invadem o terreno das casas", aponta Cleide Maria de Souza Silva.
Outras questões levantadas foram falta de poda de árvores na Rua Edgard Ferraz Navarro e todo o trajeto na Avenida Bandeirante, reconstituição asfáltica e calçadas entre a Vila dos Criadores e o bairro. Crianças e mães transitam por meio dos caminhões, buracos na estrada para acessar creche, escola e policlínica.
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PREFEITURA.
A Prefeitura informa que a Ecovias foi acionada, na semana passada, em relação ao estado de abandono do entorno da UME e Policlínica e respondeu que seria feita a poda do mato da área de sua responsabilidade, entre as alças do Viaduto Piratininga. Quanto à iluminação no bairro, foi realizada uma vistoria e, na próxima semana, será programada uma
manutenção.
"A cada 30 dias, a Subprefeitura faz um mutirão de zeladoria no bairro e raspagem das praças e das calçadas com a equipe da Terracom. As equipes de manutenção estão no bairro executando serviços, incluindo a capinação na área da Policlínica e no canteiro central da Rua Edgar Ferraz Navarro", informa em nota.
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Sobre a área de esporte e lazer, revela que abriu-se licitação no último dia 19 para contratação de empresa para manutenção dos espaços e o prazo médio de início é de três a quatro meses, se não houver interposições legais.
Já sobre a falta de poda de árvores na Rua Edgard Ferraz Navarro e todo o trajeto na Avenida Bandeirante, reconstituição asfáltica e calçadas e a situação de acesso a creche, escola e policlínica, a Prefeitura informa que já cobrou a realização da manutenção e, nos trechos de responsabilidade do DER, Ecovias e à MRS, está cobrando a execução dos serviços.
Em relação à água que cai do viaduto, informa que a Ecovias está colocando tubos de coleta nos buzinotes e, ao transporte público, a CET informa que o ponto inicial/final da 108 foi transferido para o Terminal Valongo, devido a Avenida Bandeirante - via sob a jurisdição do DER - ter sido transformada em via com mão única de direção. Não disse se iria rever o trajeto.
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Finalizando, garante que a CET fará vistoria técnica no local para avaliar a necessidade de implantação de sinalização viária para melhorar a segurança de pedestres e veículos e que, ao longo da Bandeirantes, o DER está avaliando a possibilidade de executar os serviços, mas não há prazo.
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