Água deve ser oferecida com frequência, inclusive em passeios / fotos: Raimundo Rosa
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O verão, que pode trazer complicações à saúde das pessoas em razão do calor intenso, é ainda mais prejudicial para os cães e gatos, visto que a temperatura corporal dos bichinhos é naturalmente mais alta que a dos seres humanos. Por isso, é preciso relembrar os cuidados que devem ser tomados com os animais de estimação nesta época do ano, que dura até março de 2023.
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Em casa, é preciso manter os pets em local fresco e com água à disposição, para que fiquem hidratados. Molhar o quintal algumas vezes ao dia para abaixar a temperatura, oferecer frutas geladas e colocar algumas pedras de gelo nas vasilhas de água também são algumas medidas que contribuem para o bem-estar dos animais.
“Eles podem comer frutas como banana, maçã, melancia e pera, por exemplo, desde que sem as folhas, talos e caroços. Uma outra ideia legal é o picolé, basta misturar ração úmida à água e colocar no congelador por algumas horas”, orienta a veterinária chefe da Coordenadoria de Defesa da Vida Animal (Codevida), Karoline Castro.
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PASSEIOS
O ideal é não sair com os pets em dias muito quentes, mas, caso seja necessário, é recomendado que o passeio seja feito pela manhã, antes das 8h, ou à tarde, após as 18h, quando as temperaturas estão um pouco mais amenas. Também é necessário levar garrafinha de água e vasilha para servir o animal sempre que possível.
Ainda é aconselhado caminhadas em locais frescos, à sombra, para não haver risco de queimadura nas patas. Um sinal de que o chão está quente demais para os animais é quando eles levantam as patinhas rapidamente enquanto caminham, demonstrando que não conseguem manter contato com o solo por muito tempo.
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“Checar a temperatura do chão antes de colocar o pet, é essencial. Seja calçada, asfalto ou areia, o tutor deve colocar as mãos ou pés e, se não aguentar ficar muito tempo em contato em razão da quentura, significa que os pets também não conseguirão”, afirma Karoline.
A veterinária ainda destaca que colocar sapatos nos pets não é uma boa solução para protegê-los das altas temperaturas do solo, visto que elas isolam apenas os coxins (almofadinhas das patas), e, pelo fato dos pets ficarem mais próximos do chão, o calor continua elevando a temperatura dos corpos.
NO CARRO
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Se o passeio for de carro, não se deve deixar o pet dentro do veículo parado pois, no verão, a temperatura no interior dos automóveis pode ultrapassar os 70°. Mesmo com as janelas abertas ou com o ar-condicionado ligado, a situação ainda oferece riscos ao pet, então se o tutor sair, o animal deve acompanhá-lo.
NA PRAIA
A praia é um dos locais preferidos dos santistas para levar os pets para passear. Porém, é preciso lembrar que, em Santos, a circulação de cães na faixa de areia é permitida, exclusivamente, entre o Posto 1 de Salvamento e o Parque Municipal Roberto Mário Santini, no José Menino. O passeio pode ser feito diariamente, das 6h às 9h e das 16h às 19h. Nas demais áreas, a circulação de animais continua proibida.
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FATORES DE RISCO
Alguns fatores podem aumentar ainda mais os riscos dos pets no verão. Animais braquicefálicos, por exemplo, que apresentam focinhos mais achatados do que as demais raças, têm mais chances de apresentar hipertermia - o aumento extremo da temperatura corporal, que pode causar grande desconforto e, em casos mais graves, levar à morte.
“Isso acontece porque eles não transpiram como nós. Eles regulam a temperatura do corpo por meio das patas, da língua e da respiração, sendo esse último processo naturalmente mais difícil para esse grupo específico”, explica a coordenadora da Codevida. Entre as raças braquicefálicas de cães estão o buldogue francês, pug, shih tzu, lhasa apso, e outros. Já entre os gatos, são o persa, exótico, himalaio, birmanês, entre outros.
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Os pets cardíacos também sofrem mais no calor, mesmo tomando a medicação corretamente. As altas temperaturas descompensam o funcionamento do coração, que começa a falhar e pode ocasionar a formação de um edema pulmonar, que prejudica a oxigenação do sangue. A condição é considerada de emergência e os sintomas são fadiga, arritmia, dor no peito, entre outros.
TOSA
Não há problema em realizar a tosa higiênica nos pets durante o verão, porém, é preciso entender que tosar o animal drasticamente não ajuda a refrescá-lo, como muitos acreditam. “O pelo aquece, sim, o corpo, mas em contrapartida serve como isolante térmico diante dos raios solares. É como as pessoas que caminham no deserto e protegem a pele do sol com algumas camadas de tecido”, explica Karoline. Ela ainda afirma que a tosa da barriga também está liberada, pois facilita a troca de calor do corpo do pet com o piso frio quando os animais deitam com a barriga no chão.
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