SUSTENTABILIDADE

Pesquisador vê elementos na ZN para Santos progredir como cidade criativa

Para especialista, modelo de cooperativas utilizado largamente na Zona Noroeste é o mais importante exemplo de economia criativa

LG Rodrigues

Publicado em 25/07/2022 às 07:30

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Cooperativas na Zona Noroeste de Santos estimulam pontos fundamentais da economia criativa / PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTOS

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A Zona Noroeste de Santos tem potencial para criar e preservar uma economia local, cíclica e criativa por muitos anos. É nisso que acredita Ergon Cugler de Moraes Silva, formado pela Universidade de São Paulo (USP) e também integrante do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

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Utilizado com mais frequência a partir dos anos 80, o termo economia criativa começou a ser usado na Grã-Bretanha ainda comandada pela primeira-ministra Margareth Tatcher. A expressão remete a diferentes setores da economia, que podem ir desde criações com aspecto cultural, como artesanato, músicas, livros e filmes a até atividades de larga escala, como agricultura, indústria e que são comercializados dentro de uma região geográfica por meio de feiras e outros empreendimentos físicos ou virtuais.

“A Zona Noroeste tem um potencial. A gente vê um monte de casos de cooperativas e na apresentação eu dei o exemplo de como uma cooperativa tem gerado renda para uma série de famílias na região da Zona Noroeste”, explicou Ergon após sua palestra realizada no segundo dia da Expo Brazilian Creative Cities, um dos eventos satélites da UNESCO Creative Cities Network (UCCN), em Santos.

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Ainda de acordo com o pesquisador, a criação de cooperativas pode gerar espaços onde equipamentos que seriam muito caros para serem comprados por uma única instituição ou um único indivíduo, são compartilhados de modo que cada pessoa ou grupo possa gerar seu próprio produto que será comercializado na região onde ele foi manufaturado sem gerar impacto ambiental severo e de maneira mais barata.

Apesar desse tipo de iniciativa feito na Zona Noroeste de Santos aparentar ser o mais eficaz na sua visão, Ergon pede para que se tome cuidado e não se dê glamour a atividades onde muitas pessoas geram grandes produções com pouco auxílio e aporte financeiro.

“Como que a gente faz para que esse pessoal seja articulado? No sentido de: ‘eu tenho um comércio regional’, pode se fazer uma feira, por exemplo, da Zona Noroeste para a própria região. Não é uma questão de ‘gourmetizar’ as desigualdades, mas de tentar trazer algo que seria: organizar e trazer oportunidade para que as pessoas, que às vezes estão na margem, passem a estar no centro de debate, no centro da produção. Isso é uma cidade criativa, uma cidade sustentável e uma cidade inteligente. São três palavras-chaves para a gente pensar nos próximos anos aqui em Santos”, conclui.

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A medida também se mostra mais importante, pois se encaixa entre os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, os ODS, que foram definidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2015, mais especificamente nos objetivos de número 10, 11, 12 e 13, que estabelecem como prioridades dos países a redução das desigualdades a implantação de cidades e comunidades sustentáveis, o que inclui assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis, além de consumo e produção sustentáveis e ação contra a mudança global do clima.

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