Pescadores preparam manifestação pacífica para as primeiras horas desta segunda-feira e pedem atenção das autoridades / Nair Bueno/DL
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Pescadores e pescadoras de Santos, São Vicente, Cubatão, Guarujá e Bertioga vão se unir em uma manifestação pacífica em defesa da pesca e do meio ambiente no Estuário, que está ameaçado, segundo a categoria, pelo projeto de um novo terminal flutuante da empresa Compass, do grupo Cosan. A manifestação será realizada a partir das 8h30 de hoje (4).
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O empreendimento implica na dragagem de uma planície rasa de maré, o que os pescadores afirmam que poderia provocar danos ambientais severos, afugentando espécies e prejudicando toda a cadeia produtiva da pesca.
A manifestação acontece na área que deve ser afetada e só pode ser acessada por embarcação. O local fica no coração do Estuário, conhecido pelos nativos como Pedrinhas ou Largo do Caneú.
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Representando centenas de famílias que dependem dos rios, do Estuário e do mar para sua sobrevivência, a manifestação tem como objetivo dizer um 'basta' ao desrespeito da empresa, após mais de dois anos de tentativa de diálogo e de pressão para que a Cetesb cumpra seu papel.
O protesto exige, ainda, que as autoridades se sensibilizem e se manifestem em defesa do interesse coletivo. Entidades, movimentos sociais e universidades também deverão participar do evento. Até o momento não há nenhuma contrapartida para o setor pesqueiro que compense a dimensão dos impactos gerados pelo projeto da Comgas-Compass.
OUTRO LADO.
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No passado, o Diário do Litoral já havia reportado preocupação por parte da categoria de pescadores, que afirmou estar perdendo territórios de pesca para o Porto enquanto os animais estariam perdendo sua área usada para cria.
Em nota, ainda à época, a Compass Gás & Energia explicou à Reportagem que o projeto de Terminal de Regaseificação de São Paulo (TRSP) obteve todas licenças e autorizações nos âmbitos federal, estadual e municipal. Entre essas instâncias estão: Prefeitura de Santos; Santos Port Authority (SPA); Cetesb, Conselho Estadual do Meio Ambiente e agências Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
Além disso, segundo informações da empresa, a definição locacional do empreendimento foi fundamentada devido a quatro aspectos técnicos: segurança, operação, preservação do meio ambiente e política pública do Estado.
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