Alessandro José Padin Ferreira nasceu em Santos, em 1974 / Divulgação
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A memória que envelhece junto com os objetos na sala de estar. As fotos descoloridas nos porta-retratos. Os afetos que se esgarçam e a sensação de incompletude quando os cabelos se tornam escassos e as rugas saltam no ocaso da existência. Foi inspirado nestas imagens que surgiram das reflexões sobre a brutalidade da vida incompleta que o escritor Alessandro José Padin Ferreira escreveu a novela policial A leve esperança (Caravana Editorial), que será lançada nesta sexta-feira (7), na Realejo Livros, em Santos, a partir das 18 horas.
A narrativa tem a cidade de Santos, onde o autor nasceu, como cenário e referências aos poetas santistas Martins Fontes e Vicente de Carvalho. A história começa com dois corpos encontrados, um idoso e um traficante de drogas, em uma rua do bairro do Valongo, que intriga a polícia e desencadeia situações que tiram de debaixo do tapete histórias incompletas, mágoas mal resolvidas e frustrações envolvendo uma família. “É uma breve história de pessoas que buscam, em um ato final desesperançoso e desesperado, recolher os cacos quebrados pelos caminhos”, afirma Alessandro José Padin Ferreira.
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Mesmo que não tenha referências à pandemia do coronavírus (covid-19), o isolamento provocado pelo vírus inspirou a ideia da obra: “Certa vez, em uma reunião pedagógica online da faculdade onde leciono, uma professora comentou que os mais jovens e os idosos eram o que mais sofriam com a situação. Uns pelas limitações em um momento que a vida proporciona tanta energia e a possibilidade das descobertas e os outros pela consciência de que o fim inevitável da existência se aproxima, provocando uma urgência por viver intensamente cada momento que resta”.
Isolados, refletiu o autor, os idosos tiveram que conviver com esta urgência pela vida interrompida. “Foi a partir daí que pensei em personagens que, solitários, passaram a fazer um balanço da vida e a necessidade de deixarem uma marca, um legado. Em A leve esperança, no entanto, eles sentem a frustração da vida incompleta, das palavras não ditas, e acabam tomando atitudes desesperadas na corrida contra o relógio biológico da vida. Será que fiz tudo o que queria ter feito? Será que amei as pessoas que me amaram?”, explica.
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O autor Alessandro José Padin Ferreira nasceu em Santos, em 1974, e mora em Praia Grande. Após anos dedicados à atividade jornalística e acadêmica, retornou os estudos em linguagens poéticas e vem publicando seus textos em antologias e revistas literárias. Em 2021, foi o vencedor do Concurso Literário Célio Nori, promovido pelo Fórum da Cidadania de Santos/Concidadania, com o poema Isso não é oxigênio e é autor do livro de poemas Tomorrow is a long time (Patuá, 2022).
Serviço:
Lançamento do livro A leve esperança, de Alessandro José Padin Ferreira
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Realejo Livros (Rua Marechal Deodoro, 2, Gonzaga, Santos)
A partir das 18 horas
Onde comprar:
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Com o próprio autor no Instagram @alessandropadin
No site da Caravana Editorial acessando este link
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