Fim das obras causará um incômodo enorme para moradores. / NAIR BUENO/DL
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As obras da nova entrada de Santos são uma demanda antiga da população da região e trará para o país um avanço no escoamento de cargas no maior porto do Brasil, além de proporcionar um trânsito com maior fluidez e aumentar a segurança viária.
Porém, também trará transtornos a milhares de munícipes. Além dos constantes congestionamentos durante a execução da obra, o fim das obras causará um incômodo enorme para moradores dos bairros Jardim São Manoel e Alemoa.
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Os bairros, localizados na marginal direita da Via Anchieta (sentido Santos) hoje contam com acessos e saídas nos dois sentidos, tanto para Santos quanto para Cubatão. Porém isso irá mudar.
"A marginal será mão única, ou seja, para que os moradores possam ir sentido Cubatão, terão que ir primeiro no sentido de Santos e acessar o retorno. E para quem vem de Santos a mesma coisa, terá que ir até Cubatão e voltar pra Santos. Percorrer cerca de 8 km a mais", critica Suzane Graciolli, moradora do São Manoel, que trabalha no Gonzaga e será afetada com a mudança.
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Em nota, a Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp) explica que "com a nova configuração o tráfego pesado, com destino ao Porto, será segregado do tráfego leve. Para isso, a marginal passará a ser de mão única".
Essa mudança de mão prejudicará a mobilidade de milhares de pessoas. "Minha família mora no Jardim Casqueiro e eu no Jardim São Manoel, o acesso é super rápido, nem cinco minutos. Meus pais têm negócios no São Manoel, vai ficar difícil para mim e principalmente para eles. Porém, tem pessoas que dependem muito mais: para pronto-socorro, bancos e mercados, pois tanto no São Manoel quanto na Alemoa não tem nada e os moradores precisam desse acesso rápido para os serviços diários. Vai dificultar bastante ", lamenta Suzane.
A Prefeitura de Santos alega que "a Ecovias, responsável pelo projeto, informou que para atender essa demanda deveria fazer o alargamento da ponte do Rio Casqueiro que custaria cerca de R$ 50 milhões. Essa opção está em discussão com o Governo do Estado e foge da alçada do Município".
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Mas garante que a população não ficará isolada de forma alguma, "pelo contrário, o acesso será facilitado, pois quem mora no São Manoel poderá utilizar o comércio da Zona Noroeste de forma segura e
rápida".
A Ecovias, empresa responsável pela obra e pelo trânsito nos trechos citados, diz que "a solução encontrada é a que melhor atende e apresenta mais benefícios à região"
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AÇÃO PARLAMENTAR
Alguns parlamentares somam forças com os moradores, como é o caso da vereadora Audrey Kleys (PP). "Já fizemos quatro audiências públicas pra discutir esse assunto. Existem algumas propostas feitas para a Ecovias para que esses moradores não sejam tão prejudicados".
Outro parlamentar envolvido é o deputado estadual Caio França (PSB). "Tenho somado forças junto com a Prefeitura para que Ecovias e Artesp aceitem essas reformulações no projeto. O processo encontra-se com o departamento de engenharia da Artesp".
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Segundo o vereador Benedito Furtado (PSB), presidente da Comissão Especial de Vereadores que aborda o tema, "na última audiência, no bairro Jardim São Manoel, onde estavam presentes vereadores, deputados, representantes da Ecovias, da Artesp, da prefeitura, moradores, líderes comunitários, todos os segmentos envolvidos, foi escolhida uma comissão de moradores para ter uma reunião com o secretário da pasta que trata do assunto. Mas essa reunião até agora não tem data marcada".
O deputado Kenny Mendes (PP), que também esteve presente na última audiência, acredita em uma alternativa. "Os moradores deixaram bem claro que não aprovam essa situação, e eu reafirmei o pedido encaminhando para a Artesp e para a Ecovias. Assim não pode ficar".
ENTENDA MELHOR
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Para os motoristas que estão na altura do km 63 (entre os bairros São Manoel e Alemoa) da Rodovia Anchieta e forem seguir para Cubatão, deverão ir até o km 65, fazer o retorno e voltar até o km 59 em Cubatão.
E para os motoristas que vem de Santos, sentido São Paulo, e quiserem ter acesso a esses bairros, terão que ir até Cubatão para retornar a Santos.