Santos

Nitrato de Amônio é usado na produção de explosivos desde a I Guerra Mundial

Em janeiro de 2023, no total 50,2 mil toneladas de nitrato de amônio foram descarregadas em Santos

Nilson Regalado

Publicado em 20/02/2024 às 07:05

Atualizado em 20/02/2024 às 11:15

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As medidas de segurança servem 'para evitar a contaminação do produto', segundo a APS / Divulgação

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Embora o nitrato de amônio tenha sido sintetizado pela primeira vez em 1659 pelo químico alemão Johann Rudolf Glauber, ele não foi usado em explosivos até a I Guerra Mundial, quando fabricantes de armas o misturaram com trinitrotolueno (TNT) para fazer bombas mais baratas. Vale ressaltar que o Nitrato de Amônio vem ao Porto de Santos e poderia causar explosão 15 vezes pior do que em Beirute.

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Na explosão de Beirute, a onda de choque resultante moveu-se mais rápido do que a velocidade do som; vídeos de telefones celulares mostram o impacto que atingiu a cidade alguns segundos antes de um estrondo sônico.

Em janeiro de 2023, no total 50,2 mil toneladas de nitrato de amônio foram descarregadas em Santos. Já no mês passado, o volume caiu para 41,3 mil toneladas, o que representou uma queda de quase 10%.

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Porém, a importação de fertilizantes em geral cresceu 25% no mês passado, na comparação com janeiro de 2023, saltando de 720 mil toneladas para 900 mil toneladas no mês passado.

Na interpretação da Autoridade Portuária de Santos, o menor volume de adubo movimentado no cais santista no começo do ano passado pode estar ligado, eventualmente, às tensões causadas pela invasão russa à Ucrânia em 2022.

E a recuperação no volume de fertilizantes descarregados agora em 2024 seria reflexo das rotas alternativas para o escoamento de produtos estabelecidas pelos fornecedores do Leste Europeu a partir do segundo semestre de 2023.

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