O parlamentar nega a acusação / Divulgação
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O deputado federal Carlos Alberto da Cunha (PP-SP), conhecido como Delegado da Cunha, é acusado de agredir e ofender com palavrões a companheira Betina Raísa Grusiecki Marques, 28. Um boletim de ocorrência foi registrado no último domingo (15) na Delegacia de Defesa da Mulher, em Santos (litoral de São Paulo).
Ouvido pela reportagem, o parlamentar negou as acusações e disse que ele é vítima (veja abaixo).
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Segundo relatos de Betina à Polícia Civil, as agressões aconteceram no apartamento em um condomínio em Santos, por volta das 21h20 de sábado (14). A mulher disse que da Cunha consumiu bebida alcóolica e depois passou a discutir com ela.
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Betina acrescentou que o parlamentar atacou sua honra, chamando-a de "putinha" e "lixo". Sempre segundo a versão apresentada pela mulher à polícia, depois de ofendê-la, ele bateu a cabeça dela na parede e apertou seu pescoço, até a vítima desmaiar. Quando ela acordou, jogou um secador de cabelos na cabeça de Da Cunha.
Ainda de acordo com Betina, o parlamentar então bateu a cabeça dela de novo na parede e ameaçou: "Vou encher de tiros a sua cabeça, vou te matar e matar a sua mãe."
Betina afirmou aos policiais civis que o deputado federal quebrou os óculos dela e jogou cloro em suas roupas.
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Na delegacia de Santos, Betina disse ainda aos agentes que o deputado Da Cunha já chegou a agredir também a ex-mulher dele. O boletim de ocorrência foi registrado pelo delegado Otavio Augusto Carvalho e escrivão Maurício Costa Ferreira.
Um inquérito foi aberto para apurar o caso. O parlamentar agora é investigado por lesão corporal e violência doméstica. Betina não apresentou testemunhas sobre os fatos narrados na delegacia. Ela foi orientada a procurar o Centro de Referência de Assistência Social de Santos.
Os policiais civis comunicaram à vítima que ela tem prazo de seis meses para ingressar com queixa-crime contra Da Cunha pelo crime de injúria. Os agentes também perguntaram se ela gostaria de receber ajuda da Casa Abrigo, mas Betina respondeu que não tinha interesse.
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O que diz o deputado
Da Cunha disse à coluna que não agrediu a mulher. Afirmou que ela é lutadora de muay thai e que ele é quem está machucado e teve ferimentos no supercílio e ficou com o olho roxo.
Segundo o parlamentar, a mulher não sofreu nenhuma lesão. O deputado alegou que foi ele quem chamou a Polícia Militar e que a mulher não quis nem sequer fazer ocorrência. Porém, depois, ela procurou a delegacia.
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Da Cunha acrescentou que os filhos viram ele ser agredido e até ficaram com manchas de sangue. O parlamentar declarou também que o casamento não estava bem e que um novo boletim de ocorrência foi registrado, no qual ele aparece como vítima.
O B.O. foi registrado ontem na 2ª DDM (Delegacia da Defesa da Mulher), na zona sul de São Paulo. A reportagem teve acesso ao documento. O parlamentar declarou que no feriado do dia 12 foi a Santos com Betina e os filhos dele de outro relacionamento. No dia 14, quando fez aniversário, passou o dia no clube em clima de comemoração.
Quando retornaram para o apartamento, segundo da Cunha, Betina entrou enfurecida na suíte do casal porque ele queria comemorar o aniversário com os filhos. No B.O. consta que a mulher o provocou e o empurrou . Da Cunha acrescentou que segurou o pescoço dela sem apertar, para se defender, e que ela simulou um desmaio. Depois se levantou e o golpeou com o secador de cabelos, ferindo-o no supercílio esquerdo.
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Sempre segundo o deputado, os filhos apareceram e o afastaram dela. Um deles tirou Betina do apartamento e acionou a Polícia Militar. O deputado disse na DDM que quando os PMs chegaram, a mulher já havia se retirado do imóvel em direção à casa do pai dela.
O parlamentar negou ter proferido ameaças e também as agressões. E finalizou dizendo que passou por atendimento médico na Sociedade Beneficência Portuguesa de Santos, onde levou dois pontos no supercílio.
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