Santos

Moradores do Dique da Vila Gilda precisam de ajuda

Projeto Arte no Dique deu início, no fim de março, à campanha 'No Dique, gente é pra brilhar e não para morrer de fome'

Vanessa Pimentel

Publicado em 12/04/2021 às 06:58

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Objetivo é arrecadar 1000 cestas básicas, fraldas e leite. Mais de 25 mil pessoas vivem na maior favela sobre palafitas do Brasil. / RODRIGO MONTALDI/ARQUIVO DL

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O Dique da Vila Gilda, bairro santista que abriga a maior favela sobre palafitas do país, precisa de ajuda. Se lá, antes da pandemia, a fome já assombrava muitos lares, com o cenário atual, tudo piorou.

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Para evitar que a situação se agrave ainda mais, o projeto Arte no Dique deu início, no fim de março, à campanha "No Dique, gente é pra brilhar e não para morrer de fome". O objetivo é arrecadar ao menos 1000 cestas básicas, fraldas e leite.

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Porém, segundo José Virgílio Leal de Figueiredo, presidente da instituição, quanto mais ajuda vier, melhor, pois mais de 26 mil pessoas vivem no bairro e estão passando por momentos difíceis.

"Sabíamos que nas comunidades vulneráveis os problemas seriam muito mais profundos e complexos, pois há famílias de cinco, seis, dez pessoas que dividem espaços pequenos, com poucos cômodos ou um somente. E com a necessidade de distanciamento social, pequenos comércios fechando, os moradores do Dique seriam extremamente afetados e, não tardaria, teriam dificuldade em ter o que comer", diz José.

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Ele acredita que não há uma preocupação por parte do governo federal em adotar medidas para conter o impacto da pandemia nas regiões mais pobres do país.

"Não podemos ficar sem tentar fazer algo. Pedimos, a quem puder, que se sensibilize e ajude de alguma forma. Um mundo onde pessoas não têm o que comer é um mundo que não deu certo", ressalta Virgílio.

Elisabete Ferreira mora há 51 anos no bairro. Até o ano passado, trabalhava em uma padaria, mas foi demitida durante a pandemia e está há um ano desempregada.

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Sem poder pagar o aluguel, foi morar sobre uma palafita com a filha e os dois netos. Para sobreviverem, a filha faz bicos.

"A gente só come ovo, e quando tem. Contamos com a cesta do Arte no Dique para termos o que comer durante o mês", diz.

Já frutas, legumes e carne, Bete conta não lembrar a última vez que comeu.

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"Quando acaba tudo, pedimos pra família ou vizinhos e devolvemos quando dá".

Por ela e tantos outros moradores, que as doações são essenciais para que ninguém passe fome.

Sem saber os reflexos em logo prazo que esse período trará aos mais pobres, a campanha seguirá sem data para acabar, explicou Zé.

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COMO AJUDAR

Doações à conta Banco do Brasil, ag. 6698-2, cc. 12.905-4, CNPJ - 07.269.609/0001-00. A chave pix é o CNPJ. Quem preferir, pode entregar cestas básicas na sede do instituto, Rua Brigadeiro Faria Lima, 1349, Rádio Clube.

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