A Campanha Despejo Zero não se restringe à Baixada Santos, mas abrange todo o País / Divulgação
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Dezenas de moradores da Baixada Santista realizaram hoje (17) uma marcha com objetivo de conscientizar, monitorar e suspender qualquer violação de direitos e atividades que visem despejos e remoções forçadas de famílias e comunidades na cidade e no campo.
A marcha, organizada pelo Núcleo da Campanha Despejo Zero da Baixada Santista, saiu às 13 horas da Ocupação Anchieta (Rua São Paulo, 93, Vila Belmiro), seguiu até Justiça do Trabalho e terminou no Fórum de Santos, na Praça José Bonifácio, Centro. É a segunda vez que ela acontece.
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A Campanha Despejo Zero não se restringe à Baixada, mas abrange todo o País. Ela visa a prorrogação dos efeitos da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF)) 828, que suspende os despejos até o próximo dia 31.
É uma articulação nacional organizada por movimentos sociais e entidades, com apoio internacional.
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Também hoje, foi protocolado no Supremo Tribunal Federal (STF) uma petição requerendo audiência com o Ministro Luiz Roberto Barroso. Os fundamentos do novo pedido liminar, além da Covid-19, são o rastro de miséria e pobreza que a pandemia deixou pelo país, durante o governo Jair Bolsonaro.
No Brasil, em torno de 125 mil famílias vivem sob ameaça de despejo, o que corresponde a quase meio milhão de pessoas. No Estado de São Paulo, os números são alarmantes: quase 40 mil famílias podem ficar sem um teto nos próximos meses. Uma verdadeira crise humanitária.
Na região da Baixada Santista, dezenas de famílias estão ameaçadas de despejo ainda em abril, caso a liminar expedida pelo Ministro Luiz Roberto Barroso perca sua eficácia. O Diário do Litoral fez várias reportagens exclusivas sobre as ocupações no ano passado. São famílias de Praia Grande, São Vicente e Santos.
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