SANTOS

Julho Amarelo termina, mas combate às hepatites continua em Santos

No ano de 2022, a cidade de Santos registrou 57 novos casos de hepatite C. Em 2023, até maio, foram registrados 18 casos

Da Reportagem

Publicado em 31/07/2023 às 20:02

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Até o momento, 18 casos foram registrados neste ano / Carlos Nogueira/ PMS

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O Julho Amarelo, campanha que enfatizou a conscientização para as hepatites dos tipos A, B e C, promovida pela Secretaria de Saúde de Santos, chegou ao fim. Porém, o enfrentamento a essas doenças continua, em especial contra a hepatite C, que é a de maior incidência na Cidade.

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No ano de 2022, a cidade de Santos registrou 57 novos casos de hepatite C. Em 2023, até maio, foram registrados 18 casos. Porém o número de pessoas infectadas deve ser ainda maior, já que esse tipo de hepatite é uma doença silenciosa que pode levar anos para qualquer manifestação. E quando ocorre, o fígado encontra-se comprometido.

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Por isso, a importância da realização dos testes rápidos, disponíveis no Centro de Controle de Doenças Infectocontagiosas (CCDI - Rua da Constituição, 556), para toda a população santista, e nas policlínicas, para os moradores do seu território de abrangência.

Para o teste rápido, é necessária apenas uma gota de sangue do dedo e o resultado é conhecido de 15 a 30 minutos. Quanto mais cedo for descoberta, melhor a perspectiva de cura sem sequelas. Uma hepatite não tratada pode levar ao câncer de fígado.

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Durante a campanha, a equipe do CCDI da Secretaria de Saúde de Santos realizou três grandes ações de testagem de hepatite C: no Ambesp Nelson Teixeira, no Jardim Botânico Chico Mendes e no Parque Roberto Mário Santini (Quebra-Mar). Ao todo, foram realizados 229 testes, dos quais quatro foram reagentes. 

Embora reagentes, ainda não se pode confirmar a doença, pois pode se tratar de uma cicatriz sorológica (pessoas que tiveram contato com o vírus em algum momento da vida, mas não estão doentes). Por isso, os quatro pacientes foram encaminhados para o CCDI para dar prosseguimento à investigação com realização de exames laboratoriais e consultas médicas.

Caso a doença seja confirmada, o tratamento é iniciado imediatamente. Ele é feito com antivirais de ação direta por 8 ou 12 semanas e apresentam taxas de cura de mais 95%.

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Para Michelle Cunha, coordenadora do CCDI, a campanha foi muito significativa: “Caso os testes complementares atestem a infecção por hepatite C, conseguiremos tratar e curar, sem sequelas. Quatro pessoas não sabiam que tinham o vírus”.

A hepatite C atinge cerca de 1,5 milhão de brasileiros.  Entre a infecção pelo vírus e a manifestação dos primeiros sintomas, que acontecem quando o fígado já está muito comprometido, pode demorar de 20 a 30 anos. Além de ser silencioso, outro fator que contribui para que cerca de 500 mil pessoas no Brasil não tenham recebido o diagnóstico é que o vírus da hepatite C só foi descoberto em 1989.

Os sintomas mais comuns são náuseas, mal-estar, perda de apetite, fadiga, perda de peso, pele e olhos amarelados (icterícia) característica marcante do comprometimento do fígado.

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A infecção acontece:

Pelo contato com sangue contaminado, pelo compartilhamento de agulhas, seringas e outros objetos para uso de drogas;

Reutilização ou falha de esterilização de equipamentos médicos ou odontológicos;

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Falha de esterilização de equipamentos de manicure; reutilização de material para realização de tatuagem;

Procedimentos invasivos como hemodiálise, cirurgias e transfusão, sem os devidos cuidados de biossegurança;

Uso de sangue e seus derivados contaminados;

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Relações sexuais sem o uso de preservativos (menos comum);

Transmissão de mãe para o filho durante a gestação ou parto (menos comum).

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