Para auxiliar na proteção dos idosos, é necessário também vacinar os mais jovens contra covid-19 / CARLOS NOGUEIRA/PMS
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"A vacina não é um escudo de ouro, mas é essencial para evitar casos mais graves da covid-19". Essa foi uma das frases utilizadas pelo médico infectologista do Hospital Guilherme Álvaro, Ricardo Leite Hayden, para reforçar a importância da vacinação contra a covid-19. O médico foi o entrevistado do Canal da Cidade desta sexta-feira (13), pouco tempo antes de Santos confirmar a retomada total da vacinação no Município.
Santos tem 20% da população considerada idosa (maiores de 60 anos). Por isso, é necessário reforçar para este público a atenção na prevenção de doenças e, em especial, da covid-19. O especialista reforçou a importância do poder imunizante das vacinas, que evitam a infecção da maioria do público que recebeu a segunda dose. Já aqueles que, mesmo com o ciclo vacinal completo, se infectarem, terão menos chance de evoluírem para a fase mais agressiva da doença.
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"Nos casos de infecção mesmo com a vacinação, é como se o vírus driblasse a proteção da vacina, como se fosse aquele salto em altura que vimos nas Olimpíadas. Dependendo da variante ou da carga viral, a covid-19 consegue passar por cima da nossa defesa e atinge o indivíduo. Por isso que todas as vacinas têm uma porcentagem de proteção, mas as vacinas como um todo diminuem o impacto da doença sobre a imensa maioria das pessoas", ressaltou Hayden, que também integra a Sociedade Brasileira de Infectologia.
Outro ponto destacado na entrevista foi a importância de completar o ciclo vacinal. Isso porque, uma pequena parcela da população vacinada em primeira dose, ainda não retornou para tomar a segunda dose do imunizante (em Santos, cerca de 7%). Para aqueles que tiveram algum tipo de reação quando receberam a primeira dose da vacina, o médico tranquiliza: "Dificilmente os efeitos colaterais da primeira dose se repetem na segunda dose".
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VACINAS PARA OS JOVENS
Para auxiliar na proteção dos idosos, é necessário também vacinar os mais jovens. Isso porque, segundo explicou o doutor Hayden, os jovens, mesmo que assintomáticos, são vetores de transmissão do vírus. "Na média, os jovens apresentam uma carga viral mais alta que os mais velhos. Então mesmo que eles não evoluam para quadros mais graves, têm uma possibilidade grande de retransmitir a doença".
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