A produção é toda falada em guarani com legendas em português / Divulgação/PMS
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Cravada no meio do Parque Estadual Xixová-Japuí, em São Vicente, a Aldeia Indígena Paranapuã é considerada um marco da luta dos índios Guarani pelo direito à terra, garantida na Constituição de 1988. Essa história de resistência é a linha de condução do filme 'Nhãndê kuery mã hi'ãn rivê hê'yn' (do guarani, Índio não é fantasia). Com direção de Dino Menezes, a produção tem pré-estreia gratuita nesta quarta-feira (29), às 19h30, no Teatro Rosinha Mastrangelo (Av. Pinheiro Machado, 48, Vila Mathias).
A exibição do documentário também marca a abertura da exposição assinada pela fotógrafa Kelly Jandaia, que participou da produção do filme. Após a sessão, será realizado um debate com o diretor; equipe técnica, além do cacique Ronildo.
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Nhãndê kuery mã hi'ãn rivê hê'yn
Com narração feita pelo cacique Wêrá Mirim (Ronildo Amandios), 'Nhãndê kuery mã hi'ãn rivê hê'yn' aborda desde as origens da aldeia, passando pela cultura e o cotidiano da comunidade. O lugar vive o desafio da preservação das tradições da etnia e da natureza que os circundam, num pedaço preservado da mata atlântica.
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"O conceito inicial do filme era diferente. Queria ampliar a discussão sobre o tema, mostrar a aldeia para o público com um olhar de antropólogos, sociólogos e estudiosos. Mas, durante a gravação, percebi que o que mais importava ali eram os próprios indígenas falando de todo o seu processo. Eles são os protagonistas da história e, acima de tudo, também precisavam se ouvir", explica o cineasta Dino Menezes.
Para reforçar a importância da cultura e tradição do povo originário, a produção é toda falada em guarani com legendas em português, com exceção da participação da ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, que teve suas falas legendadas em tupi.
Ficha técnica
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O filme foi contemplado com o apoio do 9° Concurso de Apoio a Projetos Culturais Independentes no Município de Santos, com aporte do Fundo de Assistência à Cultura (Facult).
Entre o argumento inicial, de Ronildo Amandios, e a lapidação da direção de Menezes, o roteiro do filme contou com a parceria de Nildo Ferreira. A pesquisa foi elaborada por Rafael Moreira e Simone de Marco.
A trilha sonora é dos próprios indígenas, com captação e finalização de Brayan Gori. A produção é de Vanessa Rodrigues Aguiar, que também cuida da direção de arte. Estela Magalhães é a responsável pela direção de produção. A direção de fotografia é de Fabiano Keller e Michel Custódio. A produção executiva foi realizada por Leandro Taveira.
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