Santos

Festa de Iemanjá atrai milhares de devotos para procissão na orla de Santos

Devotos da Rainha do Mar lotam trechos da Ponta da Praia

Da Reportagem

Publicado em 06/02/2023 às 08:29

Atualizado em 06/02/2023 às 08:30

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Devotos da Rainha do Mar lotam trechos da Ponta da Praia / Marcelo Martins/PMS

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Sentimentos de fé e devoção marcaram a 23ª Festa de Iemanjá, realizada na tarde deste domingo (5), na Ponta da Praia, em Santos. Celebrando o orixá feminino (divindade africana) das religiões Candomblé e Umbanda, o evento reuniu cerca de três mil pessoas entre devotos e simpatizantes nas areias santistas.

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Com o comando do babalorixá Marcelo de Logunedé, a festa contou com apresentações artísticas e a chegada de presentes a Iemanjá, sobretudo rosas e buquês de variadas cores. Em seguida, uma carreata com as oferendas e a estátua da Rainha do Mar partiu da Avenida Bartolomeu de Gusmão, na altura do Canal 6, rumo à Ponte Edgard Perdigão.

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No local, sob cânticos africanos e salva de palmas, a procissão desembarcou em escunas, finalizando assim a entrega dos presentes na baía de Santos. A divindade africana tem seu dia comemorado em 2 de fevereiro.

“A Festa de Iemanjá é um evento plural, que reúne diversos tipos de pessoas e valoriza o nosso povo. O Brasil é um país com diversas etnias, riquíssimo culturalmente, e todas elas precisam ser protagonistas", destacou o babalorixá e coordenador da festa.

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Devota de Iemanjá, a servidora pública Maria Emília Rodrigues, 48 anos, estava entre as milhares de pessoas que acompanhavam a celebração.

Para ela, a tradicional festa demonstra a popularidade das religiões de matrizes africanas e, ao mesmo tempo, exibe o combate ao preconceito religioso.

“Temos pessoas do Brasil inteiro nesta festa. Essa celebração mostra a igualdade entre todos e é uma luta contra a intolerância às religiões, algo que vimos de forma mais frequente nos últimos anos. A festa de Iemanjá simboliza a fé e a devoção", salientou a moradora do José Menino.

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A luta por igualdade também foi destacada pela aposentada Joceli Mendes, 64. Espírita, participa todos os anos da festa, evento que, segundo ela, traz a possibilidade de mais conhecimento a toda população.

"Gosto de dizer que as pessoas precisam conhecer todas as culturas. Por ser aberta ao público, a festa cultiva essa chance e ajuda na quebra do preconceito, até porque muita gente ainda mistifica essa celebração a Iemanjá".

CURIOSIDADE

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O nome Iemanjá tem origem nos termos do idioma Yorubá “Yèyé omo ejá”, que significa “mãe cujos filhos são como peixes”. Por ser tida como a matriarca de quase todos os orixás, a divindade é associada à maternidade e à fecundidade, sendo uma das mais cultuadas e reverenciadas pelos praticantes de religiões de matrizes africanas. Iemanjá também é considerada protetora dos pescadores e jangadeiros.

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