Cotidiano
As peças fazem parte do acervo do museu, que possui aproximadamente 10 mil peças, envolvendo áreas da Ciência como Paleontologia, Biologia, Antropologia, Arqueologia, Vulcanologia, entre outras
Exposição no Orquidário de Santos faz passeio pela história da humanidade / Foto: Prefeitura de Santos
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Um passeio pela história da Terra, ao longo dos últimos sete milhões de anos, por meio de peças de acervo original e réplicas que desvendam parte da evolução do homem. É isto que o visitante encontra na exposição itinerante Joias da Natureza, que está aberta ao público no Orquidário de Santos.
As peças fazem parte do acervo do museu, que possui aproximadamente 10 mil peças, envolvendo áreas da Ciência como Paleontologia, Biologia, Antropologia, Arqueologia, Vulcanologia, entre outras, explica o geocientista e responsável pela exposição, Paulo Anselmo Matioli.
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A realização da mostra conta com parceria da Secretaria de Meio Ambiente de Santos (Semam) e tem apoio do Laboratório de Estudos Evolutivos e Ecológicos Humanos da Universidade de São Paulo (USP) .
“Essa exposição remete à nossa ancestralidade, de onde nós viemos, de onde nossa espécie é derivada. Isso do ponto de vista científico. Buscamos trazer para as pessoas o que tem de mais moderno e mais novo dentro da área da Paleoantropologia (sub-área da arqueologia responsável pelo estudo da Evolução Humana) e da Arqueologia”.
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Há réplicas científicas de crânios de hominídeos, mostrando como o homem foi mudando ao longo de milhares de anos de evolução. “Temos crânios de várias espécies de hominídeos, desde o mais antigo até o homo sapiens sapiens mais moderno. São espécies de 6 milhões de anos até 10 mil anos atrás. É uma das coleções mais completas do País”, diz o responsável pela exposição.
Também estão presentes artefatos arqueológicos como pontas de flecha e lanças coletadas em pesquisas no Brasil e no exterior, por exemplo.
“Todo o material é original. Temos ferramentas de 1,8 milhão de anos, dos primeiros seres humanos que construíram e desenvolveram ferramentas", acrescenta Paulo.
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Apesar de se falar em milhões de anos atrás, o responsável pela exposição diz que a mostra também tem muito da atualidade, quando ainda se luta pelo fim do racismo e do preconceito.
“Quando você vê um crânio, você não sabe se ele é branco, pardo, negro ou índio. Mostra que todos os seres humanos são iguais”.
CURIOSIDADE
O evento vem deixando crianças e adultos curiosos e encantados com um arsenal de informações encontradas em cada detalhe. De férias em Santos com a família, a mineira Gisele Lisboa, 36 anos, levou os filhos para conhecerem o Orquidário e ficou fascinada com a exposição.
“É muito interessante. Temos uma clareza dos nossos ancestrais, da origem e da evolução humana. E a exposição trouxe isso com tanta naturalidade. Um material tão antigo e que traz hoje tanta representatividade para a gente”.
A dona de casa Márcia Machado, 65 anos, levou a neta, Rafaella, 8 anos, para aproveitar a tarde de sol no Orquidário e acabou descobrindo a exposição. “É muito bom conhecer um pouco da história. Aprender é tudo. Por mim, passaria horas vendo essa mostra para saber um pouco mais sobre nossos antepassados”.
O policial militar Luiz Alberto Batista, 42 anos, também ficou surpreso ao descobrir o acervo durante a visita ao Orquidário. “Vim trazer meus filhos. Mas não sabia que existia esse espaço. É muito interessante. Agrega conhecimento”.
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A exposição ficará no Orquidário (Praça Washington s/nº, José Menino) até o final do ano e pode ser vista de terça a domingo, das 9 às 18h.
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