Santos
Na última terça-feira (28), o juiz José Wilson Gonçalves, da 5ª Vara Cível de Santos, julgou nula a exclusão de Adilson Durante do quadro social do clube
O ex-secretário-adjunto de Turismo de Santos, Adilson Durante Filho / Reprodução/Twitter
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O ex-secretário-adjunto de Turismo de Santos, Adilson Durante Filho, que em abril de 2019 teve um áudio de WhatsApp vazado contendo insinuações racistas e, depois, acabou condenado após sofrer ação judicial pelo episódio, ganhou na Justiça o direito de voltar a ser sócio do Santos Futebol Clube (SFC), ao qual havia perdido, por decisão da diretoria do clube da Vila Belmiro.
Na última terça-feira (28), o juiz José Wilson Gonçalves, da 5ª Vara Cível de Santos, julgou nula a exclusão de Durante do quadro social do clube, que foi condenado a "reintegrá-lo ao quadro associativo, sem qualquer prejuízo à contagem do prazo de associação, inclusive para fins de manutenção de seu status de associado remido, reintegrando-o, ainda, na posse de sua cadeira especial sob o número 62 K, localizada no Estádio Urbano Caldeira (Vila Belmiro), tudo no prazo de 15 dias, sob pena de multa diária de R$ 350,00, até ao limite de R$ 35 mil".
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Adílson Durante Filho foi condenado a pagar R$ 15 mil em ação popular, indenização que, segundo proposto pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo, foi revertida para entidades que contribuam ao combate à discriminação racial.
O pedido inicial era o pagamento de R$ 100 mil, mas a decisão foi tomada sob parecer do Ministério Público. Na sentença, o juiz José Gonçalves, o mesmo o reconduziu ao SFC, afirmara ter pensado em definir valor maior para pagamento, mas considerou que a reprovação e exclusão social seria a maior punição ao réu.
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Localizado, o ex-secretário disse ontem ter convicção que se restabeleceu a justiça, "sofri uma verdadeira perseguição política, em uma situação completamente descontextualizada, até porque tenho uma boa formação familiar e sempre procurei fazer o bem, com respeito e sem discriminar ninguém", revelou.
Durante continua: "espero com essa decisão judicial encerrar definitivamente este assunto, sempre fui um conselheiro participativo, ocupei cargos com muita dedicação e ótimos resultados na área administrativa do clube, isso pode ser que incomode demais. Recorrer dessa decisão, mostra não apenas a perseguição política da gestão passada, mas também dessa atual".
Em entrevista anterior, ele já havia admitido o erro. "Muito embora jamais tenha pretendido ofender qualquer pessoa, entendi que agi de forma inadequada. Como ser humano, sou passível de erros, e reconheci que a conduta praticada, sem intenção alguma de ofensa, não foi correta", explicou.
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