PERIGO
Reportagem publicada pelo portal Repórter Brasil revela substâncias químicas na água consumida por mais de 1 milhão de pessoas entre 2018 e 2020
Em Cubatão, a água das torneiras possuía ainda mais substâncias prejudiciais à saúde / AGÊNCIA BRASIL
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Uma reportagem exclusiva publicada nesta segunda-feira (7) pelo portal Repórter Brasil revelou que os moradores de São Paulo estão entre aqueles que beberam água imprópria para consumo entre os anos de 2018 e 2020. Na Baixada Santista, apenas Itanhaém possuía substâncias detectadas dentro do limite de segurança. A situação é mais grave em Cubatão.
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Além da matéria, o site também criou um mapa interativo onde é possível verificar a situação da água nas nove cidades da Região, além de quais substâncias puderam ser encontradas nas torneiras das residências. No caso de Santos, é possível verificar que, entre o período de dois anos, a água no município continha níveis altos de ácidos haloacéticos e trihalometanos. Ambos compostos químicos são classificados como possivelmente cancerígenos pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC).
Em Cubatão, a água das torneiras possuía ainda mais substâncias prejudiciais à saúde: nitrato, selênio e ácidos haloacéticos. Destes três itens, os dois primeiros são os mais perigosos, uma vez que podem gerar doenças crônicas como câncer. Das nove cidades da Baixada Santista, apenas Itanhaém registrou água com substâncias em níveis aceitáveis pelo Ministério da Saúde.
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O Mapa da Água pode ser conferido em detalhes na página do Repórter Brasil e contém dados de, além de São Paulo, de todas as regiões Sul, Suldeste, Centro Oeste e Nordeste.
POSICIONAMENTO.
Em nota, a Sabesp informa que, diferentemente do informado pela ONG Repórter Brasil, a água fornecida nos municípios da Baixada Santista não é imprópria e cumpre a legislação para potabilidade: Anexo XX da Portaria de Consolidação nº 5, alterado pelas Portarias GM/MS nº 888/21 e nº 2472/21 do Ministério da Saúde. Visando garantir sua qualidade, a Companhia monitora continuamente, conforme exigências do ministério, todas as etapas do sistema de abastecimento, desde o manancial, onde é feita a captação da água, as estações de tratamento, as redes de distribuição até o cavalete na entrada do imóvel dos clientes.
Os dados são enviados ao Siságua, sistema do Ministério da Saúde, e são públicos, conforme mostra o acesso realizado pela ONG. Sempre que anomalias são constatadas, são tomadas as providências necessárias visando a regularização da situação. Conforme a legislação, o padrão de potabilidade deve ser avaliado levando-se em conta seu histórico completo. Os dados apresentados no Mapa da Água mostram resultados pontuais, sem considerar o histórico de medições exigido pela legislação brasileira. Essas medições apontam conformidade com os padrões de potabilidade e garantem a qualidade da água fornecida.
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