Santos

'Esses buracos e danos são responsabilidade da Sabesp', afirma Rogério Santos

Prefeito diz que há preocupação que novas crateras se abram na via, como aconteceu na madrugada desta quinta-feira (23)

Jeferson Marques

Publicado em 24/02/2023 às 07:30

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Cratera se abriu na madrugada na Rua Goiás e feriu motoqueiro / Nair Bueno/DL

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Eram 2h14 da madrugada desta quinta-feira (23) quando um motociclista caiu em uma cratera que se abriu na Rua Goiás, no bairro do Gonzaga, em Santos, e acabou se ferindo. Essa já é a segunda cratera que se abre na via em pouco menos de um ano. Em conversa com a Reportagem no local do incidente, o prefeito da cidade, Rogério Santos, responsabilizou a Sabesp pelo transtorno e por outros buracos que estão surgindo no município.

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"Nela (Goiás) existem grandes coletoras de esgoto que, por conta da verticalização da cidade, não dão mais conta do fluxo. Por isso aqui a nossa preocupação é maior, inclusive com a possibilidade de isso voltar a ocorrer. Também nos preocupamos com as ruas próximas, já que toda a tubulação aqui é antiga. Aliás, esse serviço de troca dessas tubulações já havia sendo pedido para a Sabesp, que só fez do Canal 3 até a Avenida Ana Costa. Esses buracos e outros danos pela cidade são responsabilidade deles", dispara.

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O prefeito enviou um ofício à Sabesp solicitando que a empresa repare imediatamente o trecho afetado e também realize todas as obras necessárias na rede adutora, desde a Avenida Conselheiro Nébias até o Canal 3, para eliminar totalmente o risco de novos problemas e acidentes na via. O chefe do Executivo destaca que o Município já tinha cobrado várias vezes a empresa para providenciar a execução desses serviços em toda a rede que abastece a Cidade.

O Município também comunicou o Ministério Público sobre a necessidade de fechamento da comporta do Canal 3, devido ao risco ambiental. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente irá multar a Sabesp por contaminação do solo no trecho da Rua Goiás afetado nesta quinta-feira (23). O valor da multa ainda será calculado.

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A Sabesp, em nota, disse que o veículo foi retirado do local. Informou, também, que prestou auxilio ao motociclista, além de pedir desculpas pelo trantorno e afirmar que "a manutenção corretiva já está sendo providenciada, em caráter de emergência".

Moradores

Marily Zancopé tem 83 anos e mora na Rua Goiás há 25. O prédio onde ela reside fica bem em frente de onde a cratera se abriu na madrugada, quase afetando a entrada da garagem. Assustada, ela disse que teme pela estrutura do local.

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"Tenho medo de um dia acontecer isso e o prédio ser danificado. Fico apreensiva. São buracos imensos que aparecem sempre, todo ano. Olha as marcas no asfalto. Eles arrumam e, tempo depois, os buracos voltam. Precisam resolver isso de uma vez", pede.

Enquanto conversava com a Reportagem do DL, Marily caminhou até próximo do local, onde outros vizinhos observavam a profundidade da cratera. "Um rapaz de moto caiu aí dentro. Se machucou todo, tadinho. Isso não pode acontecer", desabafa.

Ronaldo Reis, de 65 anos, é aposentado e mora no local há 10 anos. Segundo ele, constantemente os buracos se formam na rua e, pelo menos para ele, o que ocorreu na última madrugada não é novidade.

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"É uma rotina de quem mora aqui. Ontem mesmo tamparam um buraco aqui, perto desse. Em 2015, no mesmo lugar, outro se abriu. Todo ano são vários e as obras só ocorrem da Avenida Washington Luis para lá. Aqui mesmo nunca vi nenhuma grande obra para acabar com o problema", conta.

Comércio

Cristina Teixeira de Souza Alcharida, de 37 anos, é proprietária de uma loja de roupas na Rua Goiás e disse que algumas clientes deixaram de ir até o local por conta da interdição.

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"Cheguei aqui e mandei mensagem para as clientes avisando que elas deveriam vir pela rua Vahia de Abreu e entrar na contramão aqui da Goiás. Mas, muitas delas desistiram, por conta do transtorno. E isso nos prejudica muito", reclama.

A empresária, que está no local há cinco anos, disse que essa é a terceira vez que um buraco desse tamanho se abre ali, mas que nunca viu uma obra que, de fato, resolvesse o problema.

"São só remendos. De efetivo, mesmo, nada. E olha a quantidade de comércios que existem aqui. Somos todos prejudicados pela falta de competência dos responsáveis em solucionar isso", finaliza.

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