Santos

Enquanto Guarda Municipal lota a Câmara, escola é invadida em Santos

Desde a última quarta-feira (29), alunos da Unidade Municipal de Ensino (UME) Samuel Augusto Leão Moura estão sem aula devido a invasão de marginais

Carlos Ratton

Publicado em 01/10/2021 às 07:00

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Criminoso furtaram fiações primárias deixando a escola sem energia / Divulgação

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Enquanto a Secretaria de Segurança de Santos destina praticamente um terço do efetivo para a Câmara de Vereadores para 'garantir' a ordem na votação do projeto de lei da reforma da previdência municipal, escolas da Cidade têm que suspender aulas por conta de invasões e furtos.

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Desde a última quarta-feira (29), alunos da Unidade Municipal de Ensino (UME) Samuel Augusto Leão Moura, localizada à Avenida Engenheiro Manoel Ferramenta Júnior, 101 - Areia Branca, estão sem aula porque, de madrugada, marginais invadiram a escola e furtaram fiações primárias deixando o equipamento sem energia.

Fontes da Guarda Civil Municipal (GCM) garantiram ontem à Reportagem que o que aconteceu na escola da Areia Branca já faz parte do cotidiano. Além de fiação, é comum levarem tudo que se pode carregar.

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Um caso semelhante ocorreu na UME Professora Maria Carmelita Prost Vilaça, na Ponta da Praia. Também recentemente foi furtado um simples cadeado do Centro de Capacitação Professor Darcy Ribeiro, na Vila Matias, e ainda levaram ventiladores da escola ao lado.

"A inversão é tamanha que chega-se ao absurdo de colocar uma viatura para resguardar as flores em homenagem à Primavera, colocadas na Praça Mauá. Houve ocorrências que tiveram que ser repassadas porque a viatura da área ficou resguardando as flores. O cobertor é curto. O Centro de Controle Operacional (CCO) é mais utilizado para vigiar o trabalho dos guardas do que os equipamentos públicos", afirma um dos guardas consultados pelo Diário, cuja identidade é preservada por razões óbvias.

PREFEITURA

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A Secretaria de Educação informou ontem que a equipe da elétrica já esteve na escola para verificar a necessidade de compra e reposição de fiação. O material já está sendo adquirido pelo Departamento de Infraestrutura, Administração e Finanças (Deafin) e o problema será solucionado com a reposição do cabeamento.

A Prefeitura informa, ainda, que a escola, localizada no bairro Areia Branca, é uma das dez unidades que vão ser contempladas com a contratação de segurança privada, pela Secretaria de Educação (Seduc), com atendimento no período noturno e de 24 horas nos finais de semana e feriados, para que ações como essas possam ser evitadas.

Quanto às aulas, os responsáveis pelos alunos foram avisados, pelas redes sociais, que as aulas seriam suspensas por conta da falta de energia e de merenda, por conta do furto da fiação. Os pais que não tinham como deixar os filhos em casa, com familiares, puderam levá-los para a unidade. No período da manhã, dois alunos foram acolhidos na escola.

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A escola vai ficar à disposição para atender os alunos que não puderem permanecer em casa e as aulas presenciais serão retomadas assim que o serviço de recolocação dos fios que foram furtados estiver concluído.

Já, quanto a questão da segurança, a GCM informa que a referida escola e seu entorno são monitorados 24 horas pelas câmeras do entro de CCO sendo intensificado patrulhamento na região com motos e viaturas. A GCM efetuou 17 flagrantes na região. A população deve acionar a PM pelo telefone 190 e pode denunciar irregularidades pelo 153.

CUSTO-BENEFÍCIO

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A Segurança dos próprios públicos poderia ser melhor. Inaugurado há um ano, O novo CCO custou aos cofres públicos cerca de R$ 40 milhões, com verba do Departamento de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios Turísticos (Dadetur), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Prefeitura de Santos.

Conta com 1,3 mil câmeras para monitoramento espalhadas pela cidade. A unidade opera 24 horas Funcionários da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), Guarda Civil Municipal (GCM), Polícia Militar e Defesa Civil monitoram as imagens em tempo real para verificar ocorrências criminais e de trânsito. Além disso, as gravações podem ajudar em investigações policiais.

Na sala de operações, 21 funcionários trabalham com três telas de monitoramento. Uma parede abriga outras 16 telas, transmitindo imagens de pontos estratégicos da cidade, mapas de previsão do tempo, monitoramento de comporta dos canais e outras informações.

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O CCO também conta com uma sala de crise, destinada ao gerenciamento de grandes ocorrências e acionamento de órgãos externos, caso seja necessário.

Além disso, representantes da CET, Defesa Civil, GCM, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e PM participaram de um treinamento sobre o novo sistema que será operado na unidade. O treinamento incluiu orientações teóricas e práticas sobre o uso de todo o sistema criado para o CCO, que está interligado não apenas às câmeras de monitoramento, mas também a alarmes, controladores semafóricos e de rádio.

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