Em uma live de prestação de contas no começo da noite dessa quarta-feira (07), o prefeito de Santos, Rogério Santos (PSDB), falou sobre o lockdown na cidade / Reprodução/Redes Sociais
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Em uma live de prestação de contas no começo da noite dessa quarta-feira (07), o prefeito de Santos, Rogério Santos (PSDB), falou sobre o lockdown na cidade e os pontos positivos que a medida trouxe para todos. Além disso, ele comentou sobre a sua vontade de imunizar todos os santistas. Mas, segundo ele, isso está inviável no momento por conta de não terem vacinas disponíveis no mercado para a compra.
Logo no início da transmissão o prefeito disse sobre como o lockdown beneficiou a saúde na cidade, tendo em vista que, segundo dados apresentados por ele, as internações e mortes diminuíram. "Desde o dia 15 houve uma redução de 12,7% no número de internações. Falando da média diária essa redução é de 18%, o que mostra que as medidas mais restritivas geraram o resultado que esperávamos", comentou.
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Sobre o número de leitos de UTI na cidade, Rogério enfatizou que em apenas uma semana houve o crescimento de 60% nas ocupações, o que o fez correr atrás de novas vagas. "O problema não é espaço, mas sim a dificuldade em comprar algumas medicações, contratar equipes médicas etc. UTIs nós pulamos de 186 para 412 leitos. Não fizemos hospitais de campanha, mas distribuímos essas vagas em espaços públicos. Não está faltando medicação em Santos, mas há sim algumas dificuldades de realizar certas compras", explicou.
Há recursos, só não há quem venda
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Rogério Santos falou sobre a dificuldade em compras vacinas. Segundo ele a cidade tem uma reserva financeira para isso, mas não há a oferta dos imunizantes. "Por mim eu vacinaria toda a população da nossa cidade. Mesmo sendo um dos municípios que mais vacinou (19% na 1ª dose)), não temos oferta; não temos de onde comprar. O mesmo acontece com oxigênio e algumas medicações. Há uma certa escassez nesse momento", repetiu.
Durante a live o prefeito estava de olho nos comentários de algumas pessoas na rede social. Haviam diversos xingamentos e ofensas direcionadas a ele, que falou abertamente sobre o episódio. "Não ligo pra isso. Estou trabalhando para salvar vidas. É difícil tomar a decisão de precisar impedir que algumas pessoas trabalhem para que outras sejam salvas. Que bom que alguns conseguem compreender isso e também nos mandam mensagens de apoio, e não só xingamentos", comemorou.
Para finalizar Rogério citou uma frase dita pelo padre Fábio de Melo, quando perguntado em uma entrevista recente se a pandemia mudaria as pessoas e as deixariam de coração mais aberto, pensando no próximo e sendo menos individualistas. "Quem já estava de coração aberto, a pandemia ajudou. Porém, infelizmente, há muitas pessoas que não estão dispostas a abrir o coração e continuam pensando de forma individualista", respondeu o padre.
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