Atração

Edifícios tortos no litoral de SP chamam a atenção de turistas

Prédios marcam memória de quem visita a Região

Nilson Regalado

Publicado em 03/08/2024 às 07:15

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Prédios tortos da orla de Santos se tornaram em cartões postais / Nair Bueno / Diário do Litoral

Os prédios tortos viraram quase uma marca registrada de Santos e chamam a atenção de turistas. E casos emblemáticos provocam ainda mais curiosidade. Exemplos disso é o Edifício Excelsior, um dos mais marcantes da Orla por suas características arquitetônicas.

Imponente, o Excelsior oferece uma vista privilegiada, com grandes sacadas de frente para o Atlântico. No térreo, comércios tradicionais marcaram época na divisa entre o Boqueirão e o Embaré.

Esse é o caso do extinto Bar do Torto, que acabou por batizar de maneira afável não só a torre na esquina do Canal 4 com a praia, mas todos os prédios nas mesmas condições.

Referência de arte e cultura por décadas, o Torto travestiu o adjetivo em uma espécie de substantivo, a definir a "santisticidade", em uma cidade que se equilibra conforme a maré, a consagrar o universo composto pela areia, pelos chapéus de sol e pelas ondas do mar.

Referência no mundo

Outro caso emblemático é o Edifício Núncio Malzoni. Construído em 1967 ao lado da Pinacoteca Benedito Calixto, o condomínio tem 17 andares. E recuperou sua altivez após um minucioso trabalho executado na virada do século.

Naquela época, o desaprumo chegava a 4%, metade da inclinação da Torre de Pisa, na Itália. O recalque na camada de argila marinha comprometia a estética e desvalorizava os apartamentos de alto padrão.

Foi aí que os professores Carlos Eduardo Maffei, Heloísa Helena Gonçalves e Paulo Pimenta desenvolveram um projeto pioneiro no Brasil para o reaprumo de grandes estruturas.

Ligados ao Departamento de Engenharia de Estruturas e Fundações da Escola Politécnica da USP, eles aprofundaram a estrutura do Núncio Malzoni, atingindo 56 metros no subsolo, nível mais profundo que as estações do Metrô paulistano.

A técnica empregada transferiu a carga dos pilares originais para as estacas mais profundas. Macacos hidráulicos e vigas de transferência garantiram a segurança da operação, que custou R$ 90 mil para cada condômino em valores da época.

Passados mais de 20 anos, o trabalho executado no Núncio Malzoni continua sendo um exemplo da capacidade dos engenheiros brasileiros, pauta de debates em faculdades de Engenharia e Arquitetura, referência em seminários ao redor do mundo.

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