Santos
Principal atração turística da Cidade, o parque municipal desenvolve amplo trabalho para recuperar animais encontrados debilitados, principalmente tartarugas
Tartarugas são encaminhadas pela Guarda Municipal, Corpo de Bombeiros, banhistas ou surfistas / CARLOS NOGUEIRA/PMS
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Um porto seguro para animais doentes e feridos que garante abrigo e cuidados especiais até o retorno das espécies à natureza.
Esse é o Aquário de Santos por trás dos 32 tanques que abrigam seres marinhos, desde tubarões e pinguins a estrelas do mar e ouriços, e que encanta crianças e adultos há quase 80 anos.
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Principal atração turística da Cidade, o parque municipal desenvolve amplo trabalho para recuperar animais encontrados debilitados, principalmente tartarugas, encaminhados pela Guarda Municipal, Corpo de Bombeiros, banhistas ou surfistas.
Para recuperar as condições de saúde das espécies doentes ou machucadas no seu próprio habitat, o equipamento conta com equipe de profissionais especializados, laboratório de patologia clínica que dá agilidade e precisão a diagnósticos; centro cirúrgico; aparelho para anestesia e um equipamento multiparamétrico para leitura dos sinais vitais, tudo para tratar os animais com mais segurança.
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De acordo com o biólogo e coordenador do parque, Alex Ribeiro, o período de recuperação das tartarugas é longo e varia, em média, de seis meses a um ano. "O trabalho diário envolve alimentação adequada, troca da água do reservatório, aplicação de pomada cicatrizante, além de readaptação ao nado", explica o profissional, que está há mais de 15 anos no Aquário.
Na última etapa do tratamento, a tartaruga é levada a um tanque com 380 mil litros d'água. O espaço simula a vida marinha e permite à equipe avaliar, por cerca de um mês, como a espécie está nadando e se consegue comer algas presas a pedras, por exemplo. Se tudo estiver bem, dias depois é feito o retorno para o animal reencontrar a liberdade.
DEZ EM TRATAMENTO
Atualmente, 10 tartarugas se encontram em recuperação no Aquário de Santos. Dentre elas, uma da espécie cabeçuda, de 60kg, há seis meses em tratamento. Vítima de colisão com embarcação, ela chegou debilitada e com uma grande avaria no casco. O tratamento desse caso é estimado em seis meses.
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Já outra menor, do tipo verde, está há um ano em recuperação. Além de grave ferimento no casco, também devido a uma colisão, ela chegou com fibropapilomatose (múltiplos tumores). A doença está associada ao lixo jogado no mar, que produz algas nocivas à saúde dos animais após o consumo. Agora, com o sucesso do tratamento já em reta final, a tartaruga verde deve retornar ao mar até o fim do primeiro semestre.
Nos últimos 10 anos, mais de 200 tartarugas foram acolhidas no Aquário Municipal e mais de 80 foram recuperadas. A ampla maioria possuía corpos estranhos no trato intestinal, enquanto outras apresentavam doenças como fibropapilomatose, pneumonias e parasitismo, além de ferimentos por colidir com embarcações.
Durante esse período, o equipamento ainda atendeu mais de 400 aves marítimas, a exemplo de pinguins, com quase 200 recuperadas. Cerca de 60% apresentavam alterações gastrointestinais. Nos demais casos, problemas respiratórios e ortopédicos.
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