Santos

Despejo de lixo é diminuído por barreiras flutuantes no estuário de Santos

Mais do que interromper o despejo de resíduos sólidos no manguezal, outra frente da Operação Enrede é promover a educação ambiental na região

Da Reportagem

Publicado em 03/05/2024 às 20:53

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Barreiras são feitas de bombonas (tambores), criadas com material reciclável, acopladas a redes de pesca reutilizadas e tratadas pela OS Marulho / Carlos Nogueira/PMS

Na manhã desta sexta-feira (3), foi deflagrada a Operação Enrede, uma iniciativa da Prefeitura de Santos com o Instituto Nova Maré, Bluekeepers e o apoio da Braskem, Coca-Cola Brasil e Coca-Cola FEMSA. O intuito é fazer com que parte do lixo que é despejado no Rio São Jorge, e consequentemente, polui o estuário de Santos, passe a ser interceptado por uma barreira flutuante, colocada sob o Viaduto Mariângela Duarte, no São Manuel.

Mais do que interromper o despejo de resíduos sólidos no manguezal, outra frente da Operação Enrede é promover a educação ambiental na região, conforme explica o gerente geral da iniciativa, Nycolas Gomes. Ele destaca que inicialmente a barreira flutuante tem 20 metros, mas outros 60 metros serão acrescidos nas próximas semanas.

As barreiras são feitas de bombonas (tambores), criadas com material reciclável, acopladas a redes de pesca reutilizadas e tratadas pela OS Marulho. O material armazenado na barreira flutuante será retirado uma vez por dia, de segunda-feira a sábado. Em dias de maré alta ou chuvas fortes, o número de retiradas dos resíduos sólidos aumenta.

O secretário municipal de Meio Ambiente, Proteção e Bem-Estar Animal, Marcus Fernandes, afirma que a ação integra o Pacto Global da ONU. "Essa é a primeira barreira a ser instalada no Brasil de outras que vão existir ao longo do litoral. E por que Santos é a primeira cidade? Porque já temos um histórico de trabalhos que começou em 2017, com o estudo que foi feito para a identificação das principais fontes de resíduos que chegam ao mar. Hoje sabemos que 80% dos resíduos que atingem a fauna e flora marinha são oriundos do continente".

A base da Operação Enrede fica na sede da Sociedade de Melhoramentos do São Manoel. O presidente da entidade, Edimilson de Almeida Duarte, o Didi, destaca outro importante avanço da iniciativa: "Parte dos resíduos sólidos acaba ficando debaixo das casas e isso se torna um perigo por poder acumular água e virar um risco de contrair dengue".

Um dos agentes que atuam na operação, Rafael Oliveira dos Santos, 42, morador do São Manoel, está otimista por participar de sua primeira experiência na área do meio ambiente. "O impacto no bairro será grande". Também moradora do São Manoel, Lais Lucinda Veloso da Silva, 35, é igualmente otimista com relação aos resultados. "Faremos a separação e a pesagem diária do material".

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