O caso do desembargador será apurado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) / Reprodução
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O corregedor Nacional de Justiça, ministro Humberto Martins, deu início, durante este domingo (26) a um processo que determina a abertura de uma reclamação disciplinar contra o desembargador Eduardo Almeida Prado Rocha Siqueira, que foi gravado atacando dois agentes da Guarda Civil Municipal de Santos após ele ter sido multado por ter se recusado a utilizar máscara de proteção durante a pandemia do novo coronavírus, algo que fere decreto do prefeito Paulo Alexandre Barbosa e que implica em multa.
Dado o início do processo, o desembargador agora terá prazo de 15 dias para apresentar defesa ao Conselho Nacional de Justiça.
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As autoridades deverão analisar pelo menos cinco atitudes de Siqueira que foram registradas nos vídeos dos agentes Cícero Hilário Roza Neto e Roberto Guilhermino da Silva: Afirmar ao GCM que amassaria a multa e arremessaria em seu rosto; usar da influência do cargo de desembargador para deixar de usar máscaras de proteção contra a covid-19 e deixar de usar a multa; chamar o GCM de analfabeto durante ligação telefônica com o secretário de segurança pública de Santos na presença do agente de segurança; puxar a multa da prancheta, rasgá-la e jogar no chão na frente do guarda que aplicou a multa e, por fim, usar da influência em relação a outras autoridades estaduais e municipais para fazer ameaça de punição aos guardas civis que exerciam sua função institucional.
Ainda de acordo com o ministro Humberto Martins, ele considera que o desembargador pode ter ferido a lei de abuso de autoridade, a lei orgânica da magistratura, o código de ética da magistratura e ainda cometido desacato a autoridade.
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O Diário do Litoral entrou em contato com o Conselho Nacional de Justiça e questionou quais poderiam ser as eventuais penalidades aplicadas ao desembargador. Em resposta, o CNJ respondeu que "entre as punições possíveis a um magistrado, a aposentadoria compulsória é a mais grave, que implica na perda do cargo. Na esfera administrativa, pela qual o Conselho Nacional de Justiça é responsável, é a punição mais severa de ser aplicada. Se houver processo na Justiça, caberá ao juiz do caso estipular a pena", afirmou a nota.
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