Após a manifestação dos representantes do Estado, 21 pessoas ligadas à Associação Comunitária do Macuco (Acom) protestaram / Divulgação
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Durante a audiência pública promovida pela Secretaria de Estado de Parcerias em Investimento na quarta-feira (9), no Teatro Guarany, em Santos, 21 pessoas ligadas à Associação Comunitária do Macuco (Acom) protestaram contra a previsão de desapropriações no bairro em razão do túnel imerso Santos/Guarujá.
Segundo a diretora da Companhia Paulista de Parcerias, Raquel França, 60 imóveis serão desapropriados no Macuco. Porém, Raquel explicou nem todos são residenciais.
“As desapropriações são inevitáveis e estamos trabalhando para que elas sejam feitas com base em valores justos para as pessoas”. Segundo ela, entre as desapropriações há terrenos ocupados por estacionamentos e espaços comerciais, o que reduziria o impacto na vida das famílias, que residem no bairro há gerações.
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Porém, pelos cálculos do secretário da Acom, José Santaella Redorat Júnior, serão 124 as desapropriações: “O Estado contabiliza só 60 famílias removidas porque eles contaram só os telhados”.
Moradora do Macuco, Fabiana Rodrigues Graça Rufo Paiva também criticou os valores oferecidos a título de compensação aos moradores pelo metro quadrado dos imóveis a serem desapropriados. Segundo a Acom, o Estado estaria acenando com o pagamento de R$ 2.390,00 por metro quadrado.
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“Claramente, os valores não são adequados para a compra de outro imóvel em Santos, que é uma cidade muita cara. Provavelmente, se esse valor for mantido, levará a contestações judiciais”, protestou Fabiana.
“Espero que o Governo do Estado tenha a sensibilidade para não despejar o prejuízo desse túnel em cima dos moradores do Macuco”, completou o representante do Sindicato dos Servidores Públicos de Santos, Flávio Saraiva, também presente na audiência pública.
O sindicalista chegou a sugerir que, já que o Estado subsidiará com R$ 290 milhões/ano a empreiteira que vai operar o túnel, que subsidie também as famílias que perderão seus imóveis a fim de que elas possam adquirir outras casas no mesmo padrão.
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