SANTOS
Durante o encontro, o secretário de Saúde de Santos, Adriano Catapreta, pleiteou a abertura de 40 novos leitos SUS para concretizar a segunda etapa da abertura do CHE
Hospital Estivadores / Foto: Marcelo Martins
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O Complexo Hospitalar dos Estivadores (CHE) está incluído no planejamento do Governo do Estado para aumentar leitos SUS na Baixada Santista no prazo de um ano. A confirmação foi feita pelo secretário de Estado da Saúde, Eleuses Paiva, em visita ao hospital no final da tarde desta segunda-feira (21), com recepção do secretário de Saúde de Santos, Adriano Catapreta.
Durante o encontro, o secretário de Saúde de Santos, Adriano Catapreta, pleiteou a abertura de 40 novos leitos SUS para concretizar a segunda etapa da abertura do CHE. Com os novos leitos, a capacidade do Complexo Hospitalar dos Estivadores vai passar dos atuais 151 para 190 leitos, entre UTI neonatal, UTI clínica-cirúrgica e enfermaria.
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O pleito também foi feito pela equipe técnica do hospital, cujas instalações estão prontas para a ampliação, mas é necessário aumentar o valor do custeio. Atualmente, o custeio mensal do Estivadores é de R$ 9.906.000,00, sendo R$ 4.036.656,51 oriundos do Município, R$ 4,5 mi do Estado e R$ 1.369.331,94 do governo federal.
De acordo com Eleuses, a Baixada Santista deverá ter 350 novos leitos em 1 ano, sendo 140 na cidade de Santos. "Os hospitais de Bertioga e Peruíbe devem ficar prontos no primeiro semestre de 2024. As discussões com a Beneficência, Estivadores e Santa Casa devem evoluir mais rapidamente. Na Benê e Santa Casa os leitos devem ser inaugurados até o final deste ano. O Estivadores terá uma repactuação com o governo do Estado para o início de 2024", explicou.
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REFERÊNCIA
Pertencente ao município de Santos, o CHE tem caráter regional ao atender munícipes das demais cidades da Baixada Santista e até de outras regiões, por meio de um quantitativo de vagas regulado pelo Estado via Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross).
A maternidade do hospital é porta aberta para qualquer gestante que queira ganhar o bebê nas modernas instalações, além de ser referência para as gestações de alto risco. Atualmente, o índice de nascidos no CHE cujas famílias moram em outras cidades é de cerca de 50%.
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"Hoje, o CHE é um hospital de referência para gestações de alto risco, cirurgia vascular e tratamento cirúrgico para endometriose. Vislumbro uma grande vocação para a realização de outros procedimentos de alta complexidade", afirmou Adriano Catapreta.
A médica coordenadora de Neonatologia do CHE, Teresa Maria Lopes de Oliveira Uras Belém, destaca a importância da abertura dos novos leitos no hospital, devido à alta taxa de ocupação observada. Considerando apenas a UTI neonatal, a média de ocupação em 2023 é de 135%.
REGIONALIZAÇÃO DA SAÚDE
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A visita ao CHE integrou a agenda do Gabinete 3D - Saúde. O primeiro compromisso foi a abertura da Oficina de Regionalização da Saúde - Macrorregional Baixada Santista/Registro, no Comfort Hotel, em Santos.
Durante dois dias, gestores e equipes técnicas dos municípios da Baixada Santista e do Vale do Ribeira estarão reunidos para discutir os desafios da rede de saúde em âmbito regional e analisar as possibilidades de ampliação dos atendimentos à população em caráter metropolitano nas redes ambulatoriais e hospitalares.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, a meta é a diminuição das desigualdades entre as regiões para aumentar a eficiência do gasto público, ampliar a oferta dos serviços, fazer as filas andarem e reduzir a distância que as pessoas precisam percorrer para conseguir atendimento.
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As oficinas terminam nesta terça (22) e as propostas serão analisadas pelo governo estadual, que dará uma devolutiva em até 60 dias.
"Cada região tem que ter autossuficiência para resolver os seus problemas e uma regulação regional, que seja mais fácil de controlar os serviços. Não podemos mais fazer a saúde de forma fracionada, com cada município olhando para sua realidade, temos que olhar de forma regional e o Estado tem a obrigação de olhar os vazios assistenciais e investir para atingirmos outro patamar de saúde pública. Em 2024, deveremos ter o começo da regionalização, com ampliação dos novos leitos e repactuação com cada município acerca dos serviços ambulatoriais prestados, já com a visão de assistência regional".
COMPLEXO HOSPITALAR DOS ESTIVADORES
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O CHE é o primeiro Hospital municipal de Santos sob gestão de uma organização social, o Instituto Social Hospital Alemão Oswaldo Cruz. A unidade possui um total de 151 leitos, sendo 36 leitos de Alojamento Conjunto, dez leitos de Unidade Neonatal (6 leitos de UTI, 1 leito de Isolamento e 3 leitos de semi-intensiva), cinco salas de parto, pré-parto e pós-parto (PPP), duas salas de cirurgia obstétrica, 10 leitos de UTI Adulto, 75 leitos de clínica médica e 13 de clínica cirúrgica.
PRODUÇÃO
Desde a abertura até 8 de agosto de 2023, foram realizados 80.803 atendimentos no Pronto Atendimento Obstétrico e 17.227 partos, dos quais 62,43% foram normais. A maternidade do Complexo Hospitalar dos Estivadores é a que realiza a maioria dos partos no Município: 25,27% dos nascimentos. Durante o mesmo período, foram realizados 129.241 exames e, entre julho de 2018 e julho de 2023, 5.637 cirurgias.
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Em 2019, o Hospital passou a ser referência regional em Endometriose, com o início das cirurgias por videolaparoscopia para o tratamento da doença, realizando 187 cirurgias até o momento.
QUALIDADE
O CHE tem um dos menores coeficientes de mortalidade neonatal do país – 4 por mil nascidos vivos e é o primeiro hospital público da região a ter uma UTI Neonatal Neurológica com alta tecnologia e inteligência artificial de hipotermia terapêutica. Até o final de julho, foram atendidos 228 pacientes, com 15.592 horas de monitorização.
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