Santos
Após o avanço de casos da Ômicron, pessoas que estivem em seis países da África terão que fazer quarentena de 14 dias para embarcar ou desembarcar na Cidade
Tripulantes vindos da África terão que passar por quarentena para embarcar e desembarcar no Porto de Santos / Divulgação/www.portodesantos.com.br
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Está impedido o embarque ou o desembarque no Porto de Santos de tripulantes com passagem por seis países da África nos últimos 14 dias. Esta é uma nova regra importa pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) após o avanço da variante Ômicron da covid-19. Todos devem passar por quarentena e fazer o teste que detecta o vírus.
Duas notas técnicas foram emitidas pela autoridade sanitária recomendando as medidas restritivas temporárias com relação aos viajantes procedentes de país como África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue, incluindo os tripulantes de embarcações de cargas. As novas regras foram emitidas após a publicação de uma portaria da Casa Civil, que segue medidas adotadas em outros países para evitar a entrada dessa nova variante da covid-19 no País.
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Atracações de navios vindos direto da África não são frequentes, mas ainda sim há um impacto na logística das armadoras, segundo informa o diretor-executivo do Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo (Sindamar), José Roque.
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O temor é de que algum marítimo possa ter contato, em terra, com trabalhadores portuárias e, consequentemente contaminá-los com a nova variante. Com as novas normas da Anvisa, o desemparque de tripulantes que estão a bordo de cargueiros que passaram pelos países a menos de duas semanas fica impedido. Além disso, força os profissionais, que podem embarcar durante uma escala no Porto de Santos, façam quarentena antes de desembarcar no Brasil. Neste caso, normalmente os marítimos deixam os países de origem de avião para embarcar no cais santista.
Roque também se preocupa com os impactos que estas novas medidas podem gerar, já que o setor portuário ainda está se recuperando das consequências logísticas provocadas pelo vírus covid-19, se referindo ao fechamento de portos de outros países, que causou desbalanceamento na oferta de contêineres em todo o mundo. A previsão é de que o problema seja enfrentado até o ano que vem.
Mesmo assim, o presidente do Sindamar sabe que medidas de segurança precisam ser adotadas neste momento em que uma nova variante se apresenta. Por isso, Roque destaca que mantém sempre contato com a Anvisa para atualizar as agências marítimas sobre possíveis alterações que sejam adotadas quando as medidas preventivas.
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