Santos

Clube Atlético Santista deve ir 'para o chão'

Por nove votos contra três, o Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos cedeu à pressão da especulação imobiliária

Carlos Ratton

Publicado em 18/03/2022 às 07:00

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O pedido de tombamento do Atlético Santista ocorreu em 10 de outubro de 2011 e o processo iniciado em 10 de maio de 2012 / Divulgação/Mais Santos

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Como adiantado nesta quarta-feira (16) pelo Diário do Litoral, por nove votos contra três, o Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos (Condepasa) cedeu à pressão da especulação imobiliária apoiada por alguns vereadores santistas e negou ontem o tombamento Clube Atlético Santista, localizado na Encruzilhada, em Santos.

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O mais surpreendente da história é que os conselheiros ignoraram o parecer dos técnicos (arquitetos) do próprio órgão, que alertaram sobre a necessidade do tombamento.

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Informações extraoficiais dão conta que o Ministério Público do Estado de São Paulo deverá ser acionado para impedir que o imóvel 'vá para o chão'.

A pressão para o não tombamento já havia sido muito grande na última audiência pública, ocorrida no auditório Vereadora Zeny da Sá Goulart, da Câmara de Santos, por conta do arregimento de grupos de pessoas para pressionar vereadores e técnicos.

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À frente dos trabalhos na ocasião estavam os vereadores Francisco Nogueira (PT), que faz parte da Comissão de Desenvolvimento Urbano e Habitação Social, Benedito Furtado (PSB) e Carlos Teixeira Filho, o Cacá (PSDB).

Chico foi o único que se mostrou favorável ao tombamento, pedido em 10 de outubro de 2011, com processo iniciado em 10 de maio de 2012, sendo somente agora, 10 anos depois, encerrado.

O imóvel envolve a área das piscinas e o prédio do ginásio e foi solicitado pelas arquitetas Karoline Valverde Araújo e Jaqueline Fernandes Alves; o arquiteto Gino Caldatto Barbosa e mais 20 pessoas voltadas à área.

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