Apesar da inauguração na década de 1920, as obras só foram concluídas, de fato, em 1967 / Divulgação/PMS
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A Catedral de Santos passará por uma completa restauração interna e externa. Os serviços já começaram, discretamente, pelo telhado. Mas, o pacote de obras só deve ser anunciado formalmente após a consolidação de documentos relacionados ao patrimônio histórico. Os detalhes da intervenção serão repassados à comunidade assim que o padre José Paul reassumir a Catedral, o que deve acontecer no dia 4 de fevereiro. O projeto está a cargo do padre Felipe, engenheiro da Cúria Diocesana de Santos, e do restaurador Jocelio Rodrigues. A última intervenção na igreja foi concluída em março de 2014.
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Inaugurada em 1924 de forma provisória, a igreja recebeu o título de Catedral de Nossa Senhora do Rosário Aparecida um ano depois, com a instalação da Diocese de Santos pelo papa Pio XI. Erguido em pedras e tijolos no estilo neogótico, o prédio segue o projeto do engenheiro Marx Hell, o mesmo que idealizou a Catedral de São Paulo, na Praça da Sé.
Apesar da inauguração na década de 1920, as obras só foram concluídas, de fato, em 1967. No entanto, a cripta que abriga os túmulos de bispos e sacerdotes de Santos só foi concluída em 1969. Imponente, o conjunto arquitetônico acabou tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos (Condepasa).
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Mas, a história da Paróquia de Nossa Senhora do Rosário Aparecida, a mais antiga da Cidade, remonta ao século 16. A antiga matriz, que deu lugar à Catedral, foi fechada e interditada em 1907 porque o antigo prédio estava em ruínas. Em seu lugar, surgiu a Praça da República. E em 24 de julho de 1909, deu-se a benção da pedra fundamental da futura Catedral.
Na configuração atual, a fachada, sobre o átrio de entrada, abriga duas imagens em granito natural, representando São Pedro e São Paulo. Mais acima, nos quatro ângulos da torre, estão as figuras dos profetas Isaias, Jeremias, Ezequiel e Daniel, tendo ao lado os quatro evangelistas, Mateus, Marcos, Lucas e João.
O interior da igreja possui três naves e duas capelas laterais. Uma delas conta com uma imagem de Nossa Senhora de Fátima que veio de Portugal. A outra, em homenagem ao Santíssimo Sacramento, possui três afrescos de
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Benedito Calixto. Considerado um dos maiores pintores brasileiros do início do século 20, o artista itanhaense retratou Noé, o sumo-sacerdote Melquisedec e uma cena de Cristo com os discípulos. Completa o conjunto uma antiga lâmpada do Santíssimo, de prata lavrada.
COMPANHIA DOCAS.
A torre (agulha gótica) abriga um carrilhão de sete sinos. Mas, a cúpula não pertence ao estilo gótico, e, sim, ao renascentista. Feita em cobre, ela foi doada em 1917 por Cândido Gaffrée (1856/1919). Junto com Eduardo Palassim Guinle, Gaffrée foi o fundador da Companhia Docas de Santos.
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Na sacristia estão imagens de Cristo Ressuscitado e Nossa Senhora das Dores, que costumava sair nas antigas procissões da madrugada.
Indiano de nascimento, o padre José Paul já esteve anteriormente na Catedral e deixará a Igreja de Nossa Senhora do Rosário de Pompéia, também em Santos. O pároco substituirá o padre Claudenil Moraes.
Apesar dos trabalhos de engenharia e restauro, segundo a Assessoria de Comunicação da Cúria Diocesana, as missas continuarão sendo realizadas em seus horários habituais, às segunda, quartas, quintas e sextas-feiras às 17 horas, e aos domingos, às 9 e às 18 horas.
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