Santos

Câmara aprova aumento e vereadores de Santos vão ganhar R$ 20 mil em 2025

Para justificar o aumento salarial sem precedentes, a Mesa Diretora alega que os salários não são alterados desde 2013

Carlos Ratton

Publicado em 30/03/2023 às 18:35

Atualizado em 30/03/2023 às 19:59

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A Câmara ainda alega que o aumento estaria dentro da Lei Orgânica do Município e da Constituição Federal / NAIR BUENO / DIÁRIO DO LITORAL

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A Mesa Diretora da Câmara de Santos é uma "caixinha de surpresas". Depois do polêmico projeto de se gastar mais R$ 3 milhões (R$ 3.274.563,63) com reformas no plenário do Castelinho – sede do legislativo santista, agora, resolveu que vereadores terão aumento nos subsídios (salários) na ordem de 100%, a partir de 2025.

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Segundo Projeto de Resolução aprovado nesta quinta-feira (30), a partir de 10 de janeiro de 2025, os vereadores (as) passarão de R$ 9.938,94 para R$ 18.867,82. Em abril, os parlamentares terão ‘plus’ de mais mil reais (R$ 19.803,82) e, três meses depois, em julho, um novo aumento, passando para R$ 20.864,78.

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Para justificar o aumento salarial sem precedentes, a Mesa Diretora alega que os salários não são alterados desde 2013 e que, por conta disso, ocorreu uma perda real do valor, deixando muito longe do salário do prefeito e secretários municipais.

A Câmara ainda alega que o aumento estaria dentro da Lei Orgânica do Município e da Constituição Federal, além de não estar atrelado ao valor dos salários dos deputados estaduais.

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A Mesa Diretora é composta por Carlos Teixeira Filho, o Cacá Teixeira (presidente - PSDB); Roberto Oliveira Teixeira, o Pastor Roberto (1º vice-presidente - Republicanos); Francisco Nogueira, o Chico Nogueira (2o vice-presidente - PT); Lincoln Reis (1º secretário - PL) e João Neri (2º secretário - PSD).

Votaram contrários aos projeto o vereador Benedito Furtado (PSB), as vereadoras Débora Camilo (Psol) e Audrey Kleys (PP) e o vereador Rui de Rosis (União Brasil).

Plenário

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Voltando aos gastos com o plenário, somados aos valores em 2010, no restauro do Castelinho, em que foram gastos R$ 14.949.832,52, a reforma retirou e retirará dos cofres públicos santistas cerca de R$ 18 milhões em 12 anos de obras.

Educação

Vale lembrar que, enquanto a Direção da Câmara anuncia reforma de R$ 3 milhões em um plenário praticamente novo, alunos da rede pública de ensino terão que assistir aula em um galpão mal climatizado e repleto de pontos críticos, no Saboó, até ficar pronta a reforma da Unidade Municipal de Educação (UME) Oswaldo Justo, no bairro Chico de Paula.

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Além disso, estudantes de 26 das 86 escolas sofrem sem ar-condicionado e, há meses, o andar superior e a passarela que divide os dois blocos do Centro Cultural da Zona Noroeste (sambódromo) estão comprometidos, pondo em risco alunos da rede que fazem atividades artísticas, esportivas e pedagógicas na parte inferior

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